A lista de políticos – com mandato ou
não – implicados pela Procuradoria-Geral da República na operação Lava Jato é
alvo de reportagens especiais que estão nas capas das revistas que circulam
neste fim de semana.
Assim como nos jornais diários, assunto toma grandes proporções e reconfigura a pauta geral. A exposição está fortemente concentrada nos impactos que as investigações terão sobre o governo e o Congresso Nacional.
No caso da agenda de interesse da indústria, muitas abordagens se associam aos desdobramentos da crise na Petrobras.
Assim como nos jornais diários, assunto toma grandes proporções e reconfigura a pauta geral. A exposição está fortemente concentrada nos impactos que as investigações terão sobre o governo e o Congresso Nacional.
No caso da agenda de interesse da indústria, muitas abordagens se associam aos desdobramentos da crise na Petrobras.
· Entre os itens
diretamente ligados à Confederação Nacional da Indústria (CNI), registra-se
uma menção em RADAR, na revista VEJA, que merece atenção: "na
terceira semana de março, por encomenda da CNI, o Ibope sai às ruas para
medir o pulso da população em relação ao governo Dilma", resume o texto.
Os efeitos do ajuste fiscal
pretendido pelo governo também estão em foco em abordagens que colocam no
centro o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
· A forma como o tema
é apresentado sofre grande influência da cena política, em especial na reportagem
de capa da ISTOÉ DINHEIRO.
· De acordo com a
revista, o agravamento da crise entre o Planalto e o Congresso, a piora
nas perspectivas da economia e o “fogo amigo” disparado contra Levy pela
própria presidente Dilma Rousseff dificultam a missão de Levy de colocar as
contas públicas em ordem e já minam o pacote de ajustes.
· PODER, na ISTOÉ
DINHEIRO, assinala que “no anúncio da tesourada nas desonerações tributárias, o
ministro Joaquim Levy disse que o superávit de 1,2% do PIB está mantido. Mas
lembrou que ele pode ser revisado a cada quatro meses. Nos bastidores, Levy
afirmou ter se surpreendido com o tamanho do desequilíbrio”.
· ISTOÉ DINHEIRO, na
mesma reportagem, menciona o documento intitulado ‘Manifesto da Coalizão
Capital-Trabalho para a Competitividade e o Desenvolvimento’, que reúne os
anseios de cerca de 40 entidades patronais e os principais sindicatos de
trabalhadores.
· “Desconfiados da
eficácia do ajuste fiscal, os sindicalistas querem o apoio dos empresários na
luta pela manutenção dos benefícios trabalhistas, um dos alvos da tesoura de
Levy”, justifica ISTOÉ DINHEIRO.
· ISTOÉ destaca
que Levy tem sido criticado por trabalhadores, pelo próprio PT e também “por
representantes de grandes empresas, insatisfeitos com o ajuste fiscal que
aumenta a carga tributária”.
· ÉPOCA aponta
que, com o ajuste fiscal, o governo tenta remediar os efeitos da má gestão da
economia nos últimos três anos. Reportagem sugere que a presidente Dilma
Rousseff precisa recompor sua relação com o Congresso, o que “não será tarefa
fácil”.
· Reportagem de capa da CARTA
CAPITAL avalia a conjuntura de forma semelhante e antecipa que, para
aliviar a pressão, a presidente Dilma Rousseff tentará fortalecer uma espécie
de agenda positiva.
Em outra frente do noticiário,
revistas procuram amplificar a cobertura macroeconômica analisando itens que
marcaram a semana.
A disparada do dólar é a principal referência. A outra é a devolução da medida provisória da desoneração da folha de pagamentos por parte do senador Renan Calheiros.
A disparada do dólar é a principal referência. A outra é a devolução da medida provisória da desoneração da folha de pagamentos por parte do senador Renan Calheiros.
· VEJA destaca
que a cotação da moeda americana passou de R$ 3 pela primeira vez desde 2004 e
explica: “o estopim para a arrancada na cotação do dólar veio justamente do
campo político”. Texto pondera que, entre os analistas de mercado, há a certeza
“de que o governo não terá força política suficiente para levar a cabo o ajuste
fiscal”.
· ISTOÉ DINHEIRO também
explica a disparada do câmbio e afirma que o movimento gera forte pressão sobre
os preços e impacta de modo negativo as empresas. “Na prática, a interligação
das cadeias produtivas faz com que a alta do câmbio eleve os custos além do que
seria suportável em uma economia desaquecida como a brasileira”, resume.
· O economista Luiz
Gonzaga Belluzzo escreve em sua coluna na CARTA CAPITAL: "O
tumultuado ajuste fiscal brasileiro deflagrou a troca de chumbo entre as
"imposições" da economia e as resistências da política. Se
consultada, a Velhinha de Taubaté diria que só os desavisados não antecipavam
tal balbúrdia".
· Já em entrevista
exclusiva à revista ÉPOCA, Belluzzo é apresentado como alguém
que “tomou-se um duro crítico da política econômica da presidente Dilma
Rousseff e do ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda” e afirma: o
corte de gastos públicos fará a recessão se aprofundar no país, com efeitos
perversos no emprego.
Em relação ao mercado de trabalho e às expectativas ligadas ao ritmo das contratações neste ano de incertezas, revistas apostam em reportagens conceituais.
· ISTOÉ DINHEIRO, por
exemplo, alerta para impactos no nível de ocupação como consequência do ajuste
fiscal. A consultoria Tendências elevou de 5,4% para 6,3% a previsão da taxa de
desemprego neste ano. Para 2016, a expectativa é que alcance 7%. “O tema das
demissões foi incorporado à rotina do varejo e de empresas de serviços”, resume
a reportagem.
· RICARDO BOECHAT, em
sua coluna na ISTOÉ, assinala: “No momento em que o Brasil precisa de
investimentos e cresce o desemprego foge da lógica a paralisação nas reuniões
do conselho curador do FI-FGTS, o segundo maior financiador de infraestrutura
no Brasil”.
· Sobre o mesmo
assunto, ainda em RICARDO BOECHAT: “Desde outubro nenhum projeto da
iniciativa privada é analisado. Com recursos provenientes do superávit do FGTS,
o fundo tem bilhões em caixa para gastar. A demora pode levar grupos privados a
desistir de projetos que, em última instância, geram empregos”.
· RICARDO BOECHAT registra
também que “no Tribunal Superior do Trabalho, um assunto da maior importância
será discutido nas próximas semanas. Os ministros da Seção de Dissídios
Individuais decidirão se cabe por parte de empresas pedir certidão negativa de
antecedentes criminais na admissão do emprego. Isso se justifica em razão da
função a ser exigida ou é discriminação contra ex-detentos ou pessoas que
tentam se ressocializar? A decisão firmará jurisprudência”.
· DINHEIRO NA SEMANA,
na ISTOÉ DINHEIRO, adverte que “enquanto a venda de veículos no mundo
cresceu 3%, em média, em 2014, no País caiu 7%. O desempenho da produção foi
ainda pior: retração de 15,3%, o pior resultado entre os dez principais
produtores globais”.
· Conforme DINHEIRO
NA SEMANA, “o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Armando Monteiro Neto, disse estar confiante na assinatura de um novo acordo
automotivo com o México, que prevê cotas de importação e redefinição das regras
para autopeças. Mas o momento é ruim para as negociações”, aponta.
· De volta à coluna PODER,
na ISTOÉ DINHEIRO, informação é que “o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, aguarda a aprovação do Orçamento, no Congresso, para começar a colocar
em prática sua verdadeira agenda no governo: destravar os investimentos.
· Em relação ao mesmo assunto, PODER registra:
“Barbosa já vem conversando com os ministérios ligados a infraestrutura para
selecionar os projetos que saem e os que continuam na lista, mas sabe que o
montante a ser realizado vai depender do espaço orçamentário. A ideia é mudar a
maneira de organizar as obras, separá-las por projeto e só então ver que parte
pode ser financiada pelo governo, por parceria com o setor privado ou por
concessão”.
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