O assunto foi discutido pelo ministro Aldo Rebelo, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Angelo Padilha, e dirigentes da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear.
A audiência tratou sobre o aumento da demanda de serviços na área pela população.
Crédito: Ascom/MCTI
A necessidade expansão da medicina nuclear no Brasil foi assunto de audiência, nesta quarta-feira (4), entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e dirigentes da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
Acompanhados do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI), Angelo Padilha, o presidente da entidade, Claudio Tinoco Mesquita, e o médico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) George Coura Filho, apresentaram ao titular do MCTI a proposta de um plano específico para a área.
Mesquita ressaltou a importância da medicina nuclear como especialidade que usa pequenas quantidades de materiais radioativos para a realização de exames, diagnósticos por imagens e tratamentos médicos, muitos deles em pacientes com câncer. Exemplificou com a tecnologia PET-CT. "É um exame que consegue detectar lesões cancerígenas muito antes de outros, como tomografia computadorizada e ressonância", disse.
Ele explicou que existem no País 434 serviços aptos a realizar esses procedimentos em todos os Estados da federação, tendo a Cnen, por meio de seus órgãos (IEN e Ipen) a responsabilidade pela produção do material radioativo. Segundo o presidente da SBMN, a ideia é que o plano também envolva outras pastas, como o Ministério da Saúde.
"Muitos brasileiros ainda têm dificuldade para encontrar leitos preparados para tratamento radioativo", observou George Coura Filho, do Icesp. "Precisamos colocar um plano em prática para que no futuro consigamos suprir a demanda."
O presidente da Cnen, Angelo Padilha, informou que a comissão começou a produzir radiofármacos há mais de 50 anos, atendendo, por ano, mais de 2 milhões de pessoas. "A iniciativa [do plano] é de fato necessária, não só apoiamos como vamos trabalhar juntos, mas a nossa responsabilidade é muito grande para cumprir essas metas", afirmou.
Para Padilha, se por um lado a tecnologia é um orgulho nacional, por outro, é preciso superar gargalos. "À medida que a nossa população aumenta e o nível de vida melhora, esses radiofármacos se tornam cada vez mais necessários e precisaremos produzi-los em maiores quantidades", lembrou o presidente da Cnen, ao apontar o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), do MCTI, como uma das iniciativas importantes para superar a dependência do Brasil na importação de matéria-prima.
Fonte: MCTI
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