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segunda-feira, 9 de março de 2015

O Estado de São Paulo

O laboratório nacional Libbs deve inaugurar no segundo semestre de 2016 sua fábrica de medicamentos biossimilares indicados para tratar câncer e doenças autoimunes, no seu complexo industrial de Embu (Grande São Paulo). Os investimentos somam R$ 500 milhões, com financiamento do BNDES e Finep. Com receita de R$ 1,2 bilhão em 2014, a Libbs quer ampliar seu leque de produtos inovadores por meio de parcerias no exterior, diz Alcebíades Athayde Júnior, presidente executivo da empresa.

O ano de 2015 também será de ajustes para a indústria farmacêutica?

Projetamos um crescimento de receita em torno de 10% para este ano. O setor vai sentir mais pressão sobre os custos, com reajustes salariais e dólar valorizado. As indústrias são dependentes de importação de insumos e equipamentos.

Qual o caminho que a Libbs busca para expansão de seus negócios?

Em nossa fábrica de biossimilares, temos uma parceria com a Mabxience, braço de biotecnologia da farmacêutica Chemo, de capital argentino, para transferência de tecnologia. Além disso, estamos em fase de projeto executivo para construir outra unidade voltada para a produção de medicamentos oncológicos orais, no complexo do Embu, que deverá consumir investimento de R$ 92 milhões.

A Libbs tem planos para parcerias internacionais, como outras farmacêuticas brasileiras têm feito?

Estamos trabalhando com parcerias fora sim. Assinamos contrato de codesenvolvimento com a empresa BHV, dos EUA, para o Remoglifozina (para diabetes), o que nos garante direitos exclusivos da molécula para o Brasil e América Latina, Também temos contrato com pesquisadores americanos, que estão desenvolvendo um medicamento inovador para tratar pré-eclâmpsia.


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