A campanha de incentivo à prevenção, combinando camisinha, testagem e
tratamento se estenderá ao longo do ano nas festas populares de todo o país
O Ministério da Saúde realiza
campanha de prevenção das DSTs e Aids na Oktoberfest, na cidade de Blumenau,
Santa Catarina. A ação, que começou nesta segunda-feira (05) e vai até 25 de
outubro, mesmo período da festa, tem como objetivo chamar a atenção e
conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre a importância de usar
camisinha, fazer o teste de HIV e o iniciar o tratamento, em caso de
soropositividade.
Lançada em 1º de dezembro do ano
passado (Dia Mundial de Luta contra Aids), a campanha já havia sido promovida
no carnaval e nas festas juninas do nordeste, além da Festa do Peão em
Barretos, São Paulo, e paradas de orgulho gays. Os materiais usam a gíria
“#partiu teste”, linguagem típica da faixa etária dos jovens, prioritária para
a campanha. As peças publicitárias para rádio, outdoor e rede sociais reforçam
o conceito de prevenção combinada “camisinha + teste + medicamento”.
Pela primeira vez, o Ministério
lançou uma campanha de prevenção ao HIV e Aids que se estende ao longo de todo
o ano, abrangendo grande parte das festas populares brasileiras. A mobilização
faz parte da nova estratégia do Ministério da Saúde de estender a campanha de
prevenção para outras festas populares, além do carnaval.
NOVO PROTOCOLO – O diretor
do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, ressaltou que o
Brasil está passando por uma revolução, desde o lançamento em dezembro de 2013
do novo protocolo de atendimento às pessoas com HIV e aids. “Em um ano, foi
registrado aumento de 30% no número de pessoas que iniciaram o tratamento com
antirretrovirais no Brasil. No período de um ano, o número de novos pacientes
com acesso aos antirretrovirais passou de 57 mil, em 2013, para 74 mil novos
tratamentos, em 2014” explicou.
Este ano, a adoção da política de
combate ao HIV e aids no país comemora 30 anos de história. O Brasil tem
adotado ao longo dos anos, e principalmente nos últimos dois anos, uma série de
medidas de ampliação da testagem de HIV em populações chaves, além de facilitar
o acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis
de serem utilizadas pelas pessoas vivendo com HIV e aids.
Essas políticas refletiram na redução
da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve uma queda de 15,6% na
mortalidade dos pacientes com aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100
mil habitantes em 2003 para 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2013.
NÚMEROS AIDS – Desde os
anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil
está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos de aids, a cada
100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos novos ao ano. No
Brasil, o coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos,
passando de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 casos em 2013.
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