Ministro da Saúde, Ricardo
Barros, e prefeito Marcelo Crivella anunciam ainda mutirão nos seis hospitais
federais para reduzir filas na capital. Em 90 dias, devem ser feitos 5,4 mil
atendimentos
Com a otimização dos gastos
públicos, o Ministério da Saúde conseguiu liberar R$ 395,4 milhões ao estado do
Rio de Janeiro. São recursos referentes a emendas parlamentares e investimentos
do Governo Federal destinados ao custeio de 160 serviços e leitos que estão em
funcionamento e que passam a receber contrapartida federal para habilitação ou
qualificação no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi feito
pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta segunda-feira (30) durante encontro
com prefeitos e gestores de saúde na capital carioca.
Junto com o prefeito do Rio de
Janeiro, Marcelo Crivella, será anunciado ainda a união dos seis hospitais
federais do Rio de Janeiro em um mutirão de cirurgias, consultas e exames
pré-cirúrgicos para ajudar a desafogar as filas de maior demanda da capital. A
expectativa é que em 90 dias sejam realizadas 5.460 atendimentos. A ação, uma
parceria do Ministério da Saúde com o Rio de Janeiro começa no dia 1ª de
fevereiro.
Confira a apresentação, anexo
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, afirmou que o objetivo do mutirão é unificar a fila de regulação de
todo o país para fazer com que todos os procedimentos aconteçam permanentemente
de forma integrada com todos os serviços de saúde disponíveis pelo Sistema de
Regulação (SISREG). “Com fila única, daremos transparência ao processo,
informando ao cidadão o seu lugar. Também teremos condições de aplicar os R$
340 milhões que temos de orçamento este ano para mutirões de cirurgias. Para
isso, é preciso que conheçamos todas as filas do Brasil para fazer a
distribuição dos recursos com justiça. Não há nenhuma razão para que cada
estado ou instituição tenha sua própria fila”, destacou o ministro da Saúde,
Ricardo Barros.
“Com o apoio do Ministério da
Saúde, vamos fazer mais consultas, mais exames e mais cirurgias para que
possamos alcançar, num curto espaço de tempo, o sonho de diminuir essa fila.
Com os mutirões de cirurgias vamos ter compras únicas, centralizadas e
antecipadas, inclusive dos insumos e materiais necessários, economizando
recursos e organizando todo o sistema. Reforço que estamos caminhando junto com
o Governo Federal para melhorar a saúde do povo carioca”, afirmou o prefeito do
Rio de Janeiro, Marcelo Crivella.
MAIS SERVIÇOS – Ao todo,
os R$ 395,4 milhões serão destinados a 160 serviços/leitos distribuídos em 37
municípios contemplados pela iniciativa. Prioridade do ministro Ricardo Barros
nos primeiros 200 dias à frente da pasta, a otimização de gastos alcançou uma
eficiência econômica total no país de R$ 1,9 bilhão, possibilitando aumentar a
assistência à população no âmbito da rede pública de saúde.
Do total do valor liberado
para o Rio de Janeiro, R$ 106,6 milhões beneficiam serviços como leitos de
Unidades de Terapia Intensiva (UTI), voltados para os atendimentos de urgência
e emergência, saúde bucal, saúde do trabalhador, saúde mental, rede de atenção
à urgência e emergência, além do custeio de serviços hospitalares e
ambulatoriais voltados à assistência especializada, incluindo os atendimentos de
média e alta complexidade, como oncologia. Há ainda R$ 288,8 milhões referentes
a emendas parlamentares e R$ 3,6 milhões para custeio anual de uma Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) no município de Niterói.
Além destes recursos, a pasta
também está destinando mais R$ 93,2 milhões em empenhos para a construção,
reforma e/ou ampliação de 50 Academias da Saúde, um Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS), 283 Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), duas
Estratégias Rede Cegonha, qautro Unidades de Acolhimento, três Unidades de
Pronto Atendimento, três Centros Especializados em Reabilitação (CER) e duas
Oficinas Ortopédicas.
SAMU – Atualmente, o
estado do Rio de Janeiro possui 180 ambulâncias em funcionamento, sete Centrais
de Regulação e uma Motolância, com custeio federal anual de R$ 55,1 milhões. No
município do Rio de Janeiro, são 74 ambulâncias em funcionamento representando
investimento federal na ordem de R$ 19,3 milhões por ano.
Em todo o Brasil, são 340
novas ambulâncias, representando investimento de R$ 67,6 milhões. A renovação
da frota leva em consideração o critério de tempo de uso (cinco anos de
habilitação, com veículo em funcionamento e sem renovação). Os veículos doados
estarão vistoriados e disponíveis para retirada na empresa, em Cajamar/SP, até
o dia 17 de fevereiro de 2017. Para o Rio de Janeiro, foram doadas 37 novas
ambulâncias, beneficiando seis municípios do estado, inclusive a capital. Para
custear essa estrutura, a pasta investiu R$ 7,5 milhões.
MUTIRÃO DE CIRURGIAS – Antes
de informar o repasse dos novos recursos para o estado, o Ministro da Saúde e o
prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciaram a união dos seis
hospitais federais do Rio de Janeiro em um mutirão de cirurgias, consultas e
exames pré-cirúrgicos para ajudar a desafogar as filas de maior demanda do
município. A ação inicia no dia 1º de fevereiro e terá duração de 90 dias (de
segundas a sextas-feiras). Nesse período, os hospitais federais do Andaraí,
Ipanema, Lagoa, Bonsucesso, Cardoso Fontes e dos Servidores do Estado
realizarão 5.460 cirurgias e consultas de pacientes encaminhados pelo SISREG, o
sistema de regulação do município do Rio.
Devem ser realizadas 3.160
cirurgias de média e alta complexidade, que atualmente só são realizadas em
escala maior nos hospitais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, nas áreas:
pediátrica, oftalmológica de catarata, de hérnia, de vesícula, além de
procedimentos cirúrgicos de dermatologia (como biopsias). Somente de catarata
serão 1.400 cirurgias; 1.030 cirurgias de vesícula; 430 cirurgias de hérnia; e
300 cirurgias pediátricas. A previsão é zerar as filas de catarata, vesícula e
hérnia nos hospitais federais.
O mutirão organizado pelo
Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH) prevê 2.300
consultas nas áreas de: urologia (com exames de próstata), oftalmológica geral
e para glaucoma, e dermatológica. As consultas são necessárias para o
encaminhamento de pacientes para exames complexos e para cirurgias. A ação será
monitorada em tempo integral, porque visa a abertura de vagas e consequente
recebimento de novos pacientes, inclusive dos outros locais do estado do Rio de
Janeiro, como da Baixada Fluminense, região que é uma das principais
demandadoras de atendimentos de média e alta complexidade (como
hospitalizações, tratamentos de câncer e hemodiálise, por exemplo) da rede
federal.
AUMENTO DOS ATENDIMENTOS – A
rede de hospitais federais realizou 14% a mais de atendimentos de emergência em
2016 do que no ano anterior, chegando a 106.884 atendimentos desse tipo. As
cirurgias aumentaram 9% – de 41,6 mil passaram para 45,3 mil. Também ocorreram
1,8 mil internações a mais do que em 2015, chegando a 48,7 mil, e houve 759,5
mil consultas ambulatoriais.
Atualmente, 67% dos pacientes
dos hospitais federais são oriundos do sistema municipal de regulação e 33%
provêm do sistema estadual de regulação, o SER.
0 comentários:
Postar um comentário