Os 1.378 profissionais
selecionados, todos eles formados no país, vão atuar em 636 localidades. Deste
total, cerca de 900 eram vagas ocupadas por cubanos. Para aumentar a fixação de
brasileiros, foi aberta permuta de localidade
Novo edital do Programa Mais
Médicos mostra a maior adesão de brasileiros à iniciativa do governo federal. A
1ª chamada, que prioriza candidatos com CRM do Brasil, preencheu 99% das vagas
– dos 1.390 postos ofertados em 642 municípios e 2 Distritos Sanitários
Especiais Indígenas (DSEIs), 1.378 tiveram médicos do país alocados em 636
localidades. Pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram
disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais da cooperação com a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A medida faz parte das ações do
Ministério da Saúde para ampliar a participação de brasileiros, uma das
prioridades da atual gestão.
As vagas remanescentes serão
ofertadas novamente a médicos com registro no país em 2ª chamada, prevista para
a primeira dezena de fevereiro. Pela primeira vez foi realizada a permuta de
localidade, mais uma ferramenta para alocar os candidatos brasileiros nas
cidades de sua preferência e, assim, aumentar a sua participação e fixação no
Programa.
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, enfatiza o significativo interesse dos profissionais com CRM do Brasil
no Mais Médicos. “Estamos dando passos importantes para uma mudança de perfil
do Programa, e a alta adesão dos brasileiros é essencial para isso”, declara.
“Neste edital, já ofertamos a médicos nacionais mais de 900 vagas antes
ocupadas por profissionais cubanos. Isso mostra que será possível ir cada vez
mais aumentando a presença do brasileiro, que é a nossa prioridade”, completa.
A meta do Governo Federal é
realizar 4 mil substituições de médicos cooperados por brasileiros em três
anos, reduzindo de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é
chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do
total de profissionais. O edital em curso foi o primeiro a ofertar essas vagas,
cerca de 900.
Para o secretário de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, o
Programa está caminhando no sentido desejado. “O Ministério da Saúde está
satisfeito e acreditamos que cada vez mais o programa conseguirá atrair
brasileiros. A procura dos médicos brasileiros nesse último edital vai ao
encontro do nosso objetivo”, declara o secretário. Foram mais de 8 mil
inscrições validadas.
Municípios de quase todas as
unidades federadas conseguiram preencher todas as vagas. Os estados em que
sobraram vagas foram Amazonas (1), Goiás (1), Pará (1), Rio de Janeiro (3) e
Rio Grande do Sul (6). É importante ressaltar, no entanto, que esse
quantitativo de vagas remanescentes pode aumentar, caso ocorram desistências
antes e durante a 2ª chamada.
PERMUTA – Os
profissionais puderam escolher quatro localidades de preferência e foram
distribuídos conforme critérios de classificação constantes no edital, como
detenção de título de especialista e experiência na área de Saúde da Família.
Entre os inscritos, 91% conseguiram ser alocados em sua primeira opção de
localidade, o que já deve promover uma maior fixação do médico.
Ainda assim, a partir deste
edital, os médicos tiveram mais uma chance de tentar a alocação em sua cidade
de preferência: a permuta de localidade é uma novidade desta seleção e permite
que o médico mude seu município de alocação por outro que esteja entre suas
três outras opções.
Com este novo mecanismo, os
profissionais que não conseguiram vaga em suas primeiras opções de município,
por exemplo, puderam disputar novamente a alocação nesses locais. A permuta
acontece quando o profissional alocado na cidade escolhida também deseja trocar
seu local de atuação, deixando uma vaga disponível.
No caso de haver mais de um
interessado solicitando permuta para a mesma vaga, serão utilizados os mesmos
critérios classificatórios e a pontuação da alocação inicial. Caso o
profissional não consiga permutar, ele permanece no município onde já havia
sido alocado, sem risco de perda da vaga. O resultado da permuta com a alocação
final está previsto para esta sexta-feira (27).
Após a lotação definitiva, os
médicos deverão confirmar o interesse nas vagas, se apresentando aos
municípios. Os gestores deverão então validar o médico no sistema do Programa
até o dia 31 de janeiro, para que estes iniciem as atividades nas unidades
básicas a partir do dia 1° de fevereiro. A homologação dos profissionais, com
confirmação de início das atividades, deve ser realizada pelas prefeituras
entre 1° e 3 de fevereiro.
Por Priscila Silva, da Agência
Saúde
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