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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Hemocentro de Ribeirão desenvolve tratamento revolucionário para leucemia e linfomas

Ribeirão tem pesquisa que pode beneficiar combate a leucemia e linfoma

Análises no exterior apontam sucesso de até 83%; expectativa é que tratamento esteja disponível pelo SUS no futuro

Efeitos colaterais e alto custo da nova terapia ainda são analisados
 Pesquisadores do Hemocentro de Ribeirão Preto estudam o combate de leucemias e linfomas com células geneticamente modificadas. A expectativa é de que o tratamento esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) no futuro. Até o fim de 2017, o estudo clínico experimental passará  por avaliação pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa e será submetido a agências reguladoras de saúde.

O tratamento se baseia na modificação genética das células T, que são responsáveis pela defesa do organismo. As células são coletadas do próprio paciente que sofre com um desses tipos de câncer e passam por uma modificação para atacar as células cancerígenas com mais capacidade de reconhecê-las e destruí-las. Depois, são novamente aplicadas na corrente sanguínea do paciente.

Porém, o método esbarra nos custos elevados, já que cada dose é customizada para o paciente. Além disso, apesar de promissora, a nova terapia pode ter efeitos colaterais graves. O mais frequente é a febre muito alta e queda súbita de pressão arterial.

Esse tipo de imunoterapia foi desenvolvida por pesquisadores pioneiros da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e é conhecida como CAR-T cell therapy. O estudo americano mostrou que uma dose única de células T fazem desaparecer as células cancerígenas em 83% dos pacientes com leucemia linfoide aguda tratados.

No Brasil, o projeto é liderado pelo professor Dimas Tadeu Covas, atual diretor do Instituto Butantã, e Rodrigo Calado, ambos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo. A equipe é composta pelas pesquisadoras Virginia Picanço-Castro, Kamilla Swiech e Kelen Malmegrim de Farias, também da USP de Ribeirão Preto.

Foto: Divulgação, REVIDE


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