Ministério da Saúde vai triplicar o número de exames mais precisos para a identificação da doença e
início do tratamento. Estima-se que em 2017, 58 mil mulheres terão esse tipo de
câncer
No mês dedicado à prevenção do
câncer de mama, o Ministério da Saúde aumentou em média 100% os valores de
exames essenciais no diagnóstico da doença. A expectativa é triplicar o número
de procedimentos mais precisos para a identificação do tumor. Por ano, serão
mais R$ 9,4 milhões para esse atendimento. Em 2016, foram investidos R$ 4,1
milhões na realização desses procedimentos. A Portaria foi publicada no Diário
Oficial da União e anunciada nesta segunda-feira (23) pelo ministro da Saúde,
Ricardo Barros.
Para o ministro da Saúde,
Ricardo Barros, essa medida visa estimular e ampliar o acesso ao exame e
diagnóstico. “Precisamos ter mais agilidade na identificação da doença e na
resposta dos resultados, para que tenha mais efetividade no tratamento
ofertado. Nosso objetivo é garantir maior acesso aos exames que tenham mais
resolutividade, de acordo com a indicação médica, no diagnóstico. Quanto mais
cedo confirmar a doença, mais cedo se inicia o tratamento, aumentando as
chances de cura”, ressaltou o ministro.
Em grande parte dos casos, o
câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, aumentando as chances de
tratamento e cura. Após a mamografia, são indicados exames para o diagnóstico
definitivo da doença que vão apoiar a decisão médica no tratamento. Todos esses
procedimentos tiveram reajuste e a expectativa é triplicar o atendimento dos
três mais precisos: punção de mama por agulha grossa, biópsia e
anatomopatológico. Em 2016, foram registrados 69,3 mil exames e, neste ano, o
total deve ultrapassar 200 mil.
O Instituto Nacional do Câncer
(INCA) estima que cerca de 58 mil mulheres terão câncer de mama em 2017.
Obesidade, sedentarismo estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento
da doença, diante do aumento de gorduras e da produção de hormônios.
EXPANSÃO - O Ministério
da Saúde tem expandido a oferta de exames para identificação do câncer de mama.
Atualmente, são destinados R$ 4 bilhões por ano para o tratamento do câncer no
Sistema Único de Saúde. Nos últimos sete anos, os recursos para procedimentos
como cirurgia oncológica, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia, cresceram
87,5%, passando de R$ 1,6 bilhão em 2009, para R$ 4 bilhões em 2016.
Também é observado aumento de
mamografias realizadas. Entre 2010 e 2016 registra-se um aumento de 35%,
passando de três milhões para mais de quatro milhões de exames, sendo que 62,2%
de mamografias em mulheres de 50 a 69 anos. Como o aspecto da mama muda com a
idade, a realização de mamografia é mais efetiva no período pós-menopausa.
RADIOTERAPIA – O
Ministério da Saúde firmou a compra dos 100 aceleradores lineares para todo o
país. Serão priorizados novos serviços, desconcentrando a oferta dos serviços.
Os projetos estão em andamento e serão executados dentro das atividades previstas
do Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia. Cabe ressaltar que os
aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e
não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As
instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das
construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que
envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da
água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.
Nos últimos anos, observou-se
uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram realizados 8,3
milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, realizou-se 10,45 milhões, um
aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa ampliação também é resultado do
investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de aceleradores
lineares por meio de convênios. Em 2016, foram realizados 26,5 milhões de
procedimentos de radioterapia, quimioterapia e cirurgias oncológicas, além dos
exames preventivos de mamografias e Papanicolau. Em 2017, entre janeiro até o
momento, foram registrados 8,15 milhões de procedimentos. Atualmente, são 283
aparelhos de radioterapia no Brasil.
Por Nicole Beraldo e Victor
Maciel, da Agência Saúde
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