No
Dia Mundial de Combate à Pólio, a instituição global Rotary International (RI)
reconheceu os esforços do governo em cooperar, com as experiências
bem-sucedidas do Brasil, para a erradicação da doença. Brasil eliminou a doença
há 28 anos
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi homenageado nesta terça-feira (24) pela
instituição Rotary International (RI) pelo apoio e liderança exercida pela
pasta no compromisso internacional para alcançar a erradicação da poliomielite
no mundo. A homenagem foi motivada após o ministro Ricardo Barros levar o tema
às discussões do G20, em maio deste ano. Na ocasião, a temática foi apoiada por
ministros da saúde e chefes de estado de todo o mundo. O artista plástico,
Darlan Rosa, criador do personagem Zé Gotinha, símbolo da imunização no Brasil,
também foi homenageado durante a II Reunião do Comitê Técnico Assessor de
Imunizações (CTAI), que acontece em Brasília.
Embora
o Brasil esteja livre da poliomielite há 28 anos, desde 1990, após
bem-sucedidas campanhas de vacinação, o Ministério da Saúde continua
determinado a lutar pela prevenção, controle, eliminação e até erradicação de
algumas doenças imunopreviníveis. Neste sentido, a parceria com instituições
governamentais e não governamentais é fundamental para que se mantenha a
eliminação da poliomielite no Brasil e a meta de erradicação no mundo. Se
erradicada, a poliomielite será a segunda doença no mundo a ser erradicada,
depois da varíola.
Para
o ministro da Saúde, Ricardo Barros, é importante que as ações de vacinação e
vigilância possam ser desenvolvidas de forma ativa, visando a garantia da
manutenção desta conquista do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da
Saúde. “As coberturas vacinais municipais ainda são heterogêneas no Brasil,
podendo levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas, possibilitando,
assim, a reintrodução do poliovírus favorecido pelo fluxo de viajantes. Por
isso, é necessário que todas as crianças de 2 meses a menores de 5 anos de
idade compareçam aos postos de saúde para serem vacinadas”, disse o ministro
Ricardo Barros.
A
erradicação da poliomielite é a principal prioridade do Rotary em âmbito
global. Desde 1985, a instituição tem trabalhado por meio da Iniciativa Global
de Erradicação da Pólio (GPEI), imunizando bilhões de crianças em todo o mundo.
Em 2013, o Ministério da Saúde, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a
Rotary International (RI) assinaram um compromisso para erradicação da
poliomielite para discutir o Plano Estratégico Endgame e a
Erradicação da Pólio (2013-2018), elaborado na Assembleia Mundial de Saúde em
2012. O governo brasileiro assumiu o compromisso de apoiar ações que ajudem a
combater a erradicação da pólio como uma emergência programática global para
saúde pública.
CENÁRIO
MUNDIAL - Atualmente, mais de 80% da população mundial vive em regiões
certificadas como livre da poliomielite. Três países ainda convivem com
circulação do poliovírus selvagem: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Em 1994, o
Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o Certificado da
Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, juntamente com os
demais países das Américas (Norte, Central e Sul).
MUDANÇA
ESQUEMA VACINAL - Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite
passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais
duas doses de reforço com a vacina poliomielite oral bivalente – VOP
(gotinha). Até 2015, o esquema era de duas injetáveis (VIP) e três da
vacina oral poliomielite trivalente (VOP). A mudança está de acordo com a
orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e como parte do processo de
erradicação mundial da pólio.
Por
Amanda Mendes, da Agência Saúde
0 comentários:
Postar um comentário