Destaques

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Hemoderivados - Paraná Também terá Planta de processamento de Plasma, Assegura o Presidente da República, Michel Temer


Bancada Paranaense, se reuniu com o Presidente da República, Michel Temer, hoje(18) no Palácio do Planalto, para pôr fim a pendenga política, sistematicamente, alimentada na mídia por alguns deputados e senadores de Pernambuco.

Diante de problemas na evolução da PDP para produção de fator de coagulação recombinante VIII e os dificuldades do transferidor de tecnologia para fracionamento do plasma humano, a LFB Hemoderivados, da França, e, a falta de recursos federais para investir na nova planta em Pernambuco, os parlamentares paranaenses buscaram o comprometimento do governo federal para garantir parte da produção de hemoderivados com investimentos privados superiores a casa de 1 Bilhão de Reais, no País, que poderá produzir e processar parte dos hemoderivados no Estado. Inclusive produto que sequer faz parte do atual portfólio da Hemobrás’, portanto sem causar qualquer prejuízo para Pernambuco.

Oficialmente, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), ligado ao governo do Estado, apresentou proposta para um projeto de PDP ao Ministério da Saúde, com o apoio da empresa Octapharma, que se predispôs a realizar os investimentos necessários para construção e operação da nova planta industrial, e aguarda avaliação do processo, na égide do marco regulatório, preconizado pela Portaria 2531 que regem as PDPs.

Também, foi lembrado o amplo acesso a todos interessados proporcionado pela lista de prioridades para o SUS, publicada com a Portaria GM 704, e, a disposição do MS em receber projetos para produção e fracionamento dos produtos plasmáticos, publicado em março deste ano para apresentação de propostas no início de junho, a Hemobrás, mesmo convidada para a parceria com o Tecpar, não manifestou interesse em participar.

A cada ano de atraso no início da operação da Hemobrás, o SUS gasta mais de 300 Milhões de Reais com as aquisições de produtos acabados no exterior, gerando divididas em divisas estrangeiras, mantendo a vulnerabilidade estratégica do País e o mercado brasileiro refém de empresas multinacionais. A União já investiu mais de 1 Bilhão de Reais, sem que se tenha produzido, em Pernambuco, uma grama de hemoderivado, desde de 2004 quando o projeto foi lançado.

Toda disputa pública se resume a um único produto de origem biológica que requer investimentos de mais de 650 Milhões de Reais, para ser produzido localmente, e, mesmo com investimentos disponíveis levará no mínimo mais 4 a 5 anos para que o Brasil tenha seu medicamento, período que a Hemobrás continuará a operar como uma simples importadora e distribuidora de medicamentos, como ocorreu durante os últimos 5 anos.

Já a planta dos plasmáticos – derivados de sangue humano, fruto de doações da população brasileira – principal objetivo da Hemobrás, requer investimentos superiores aos 250 Milhões e de negociações com parceiro(s) tecnológico(s) igualmente sem previsão de operação nos próximos 2 a 3 anos.

Diante do cenário “o presidente Temer garantiu que “manterá a planta de Pernambuco, mas que também haverá a planta no Paraná, e, quem tiver mais capacidade, mais condição, vai vender o seu produto”, afirmou o coordenador da bancada do Paraná, deputado federal Toninho Wandscheer (Pros-PR).

Dos Preços
Hoje o MS paga à Hemobrás o equivalente a R$ 1,15 por UI (unidade internacional), aproximadamente 0,32 de USD, preço que supostamente deveria remunerar o custo da transferência de tecnologia, mas até hoje, 5 anos, depois sequer foi iniciada, como atestam os diversos acórdãos públicos. Passados tantos anos do início da PDP, novos produtos foram desenvolvidos, entraram no mercado mundial e registrados na Anvisa acirrando a concorrência internacional. Hoje o fator VIII recombinante já é vendido em mercados internacionais, por valores entre 0,20 a 0,25 de USD. O Ministério da Saúde, também, já deixou público que tem propostas locais com preços muito competitivos.

Do Abastecimento
O Ministério da Saúde assegura que tem garantidos produtos para abastecer o mercado até meados do início do próximo ano, e, que já tem processos de licitação (pregão), em curso, para realizar novas aquisições objetivando dar continuidade ao atendimento das demandas da população hemofílica do País, independentemente da conclusão judicial sobre a PDP com a Hemobrás. Lembrando que no Brasil já tem registrados na ANVISA mais 4 registros de medicamentos que podem ser adquiridos normalmente no mercado local, a qualquer momento.

Da Decisão Estratégica
A decisão põe fim a uma pendenga política gerada pela bancada pernambucana que deixou de levar em conta, todo tempo, fatores técnicos ao se apoiar exclusivamente em um produto, em detrimento do objeto prioritário da projeto da Hemobrás – FRACIONAMENTO DE PLASMA – para obtenção de hemoderivados absorvendo e dominando a tecnologia. Outro pilar de sustentação primordial negligenciado pelo indutores do movimento, dizem respeito às necessidades financeiras para a conclusão da planta dos plasmáticos e novos investimentos em outra fábrica em favor da manutenção da parceria com a Shire para produzir o produto objeto de tanta peleja, que sequer considera os demais hemoderivados.

Estiveram presentes na reunião:


Antônio Imbassahy, ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República;; Deputado Toninho Wandscheer (PROS/PR), coordenador da bancada do Paraná; Deputado Sergio Souza (PMDB/PR); Deputado Reinhold Stephanes (PSD/PR); Deputado Osmar Serraglio (PMDB/PR); Deputado Osmar Bertoldi (DEM/PR); Deputado Nelson Meurer (PP/PR); Deputado Luiz Nishimori (PR/PR); Deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR); Deputado Evandro Roman (PSD/PR); Deputado Dilceu Sperafico (PP/PR) e Deputado Alfredo Kaefer (PSL/PR); Rodrigo Silvestre, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Substituto
Baseado em informações públicas


0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda