A capacitação dos 27
Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) foi realizada pelos institutos
vinculados ao Ministério da Saúde para descentralizar o diagnóstico do
coronavírus
Os Laboratórios Centrais de
Saúde Pública (LACEN) dos 26 estados e do Distrito Federal estão aptos, a
partir desta quarta-feira (18), a realizarem exames para o coronavírus como
parte do esforço da Saúde no enfrentamento à doença. A medida é importante
porque descentraliza o diagnóstico do coronavírus para todo o país. As capacitações,
que estavam sendo realizadas desde fevereiro deste ano, foram finalizadas hoje
em evento de encerramento, em Belém (PA).
“Este é o ano dos
laboratórios, pois eles fazem parte do sistema nervoso do sistema de vigilância
em saúde. Vamos revitalizar os laboratórios, com mais automação, mais
possibilidades de garantir resultados eficientes e precisos. O cidadão tem
direito de receber o resultado do exame de forma mais rápida e eficaz e, para
isso, precisamos de qualidade técnica", destacou o secretário nacional de
Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, que esteve na cerimônia de
encerramento das capacitações, em Belém (PA).
O treinamento ocorre no
momento em que o número de casos suspeitos de infecção pelo coronavírus chega a
8.819 no Brasil, segundo atualização desta terça-feira (17). O Ministério da
Saúde cumpre o plano de trabalho para o aumento da capilaridade de diagnósticos
para além dos laboratórios de referência, que hoje são a Fiocruz, no Rio de
Janeiro, o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e o Instituto Evandro
Chagas (IEC), no Pará.
Para o secretário Estadual de
Saúde do Pará, Alberto Beltrame, que também é presidente do Conselho Nacional
de Secretários de Saúde (CONASS), o trabalho do Ministério da Saúde tem
conseguido unir o sistema de saúde em uma só missão, o enfrentamento ao
coronavírus.
“O Brasil já enfrentou várias
emergências, mas enfrentar emergência com o país tentando se reerguer é um
desafio. E estamos conseguindo. Precisamos que as pessoas cumpram as medidas
não farmacológicas para não sobrecarregar o sistema de saúde. Quando falamos
para a pessoa ficar em casa, o recado é que, com isso, ela ajuda o sistema de
saúde, porque interrompe o ciclo de transmissão da doença”, reforçou Alberto
Beltrame.
TESTES DIAGNÓSTICOS
Os testes são produzidos em
regime de prioridade pelo Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), com produção semanal e a distribuição se dá na mesma proporção, ou
seja, também são enviados aos estados semanalmente. A produção atual é de 3,5
mil a 4 mil testes a cada três dias e segue as boas práticas de produção de
insumos para diagnóstico. A produção está sendo escalonada para aumento da
capacidade de fabricação.
Por Natália Monteiro e Vanessa
Aquino da Agência Saúde
0 comentários:
Postar um comentário