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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Sandoz e Novartis dão mais um passo rumo à separação

Por Ana Claudia Nagao, EM 12/06/2023

https://panoramafarmaceutico.com.br/sandoz-e-novartis-separacao/


Foto: Divulgação Sandoz

A Sandoz, divisão de genéricos da Novartis, anunciou mais uma etapa do processo de separação da sua controladora. Agora é oficial.

A farmacêutica que integra o grupo Novartis revelou a localização de sua futura sede na Suíça, no centro da cidade de Basiléia. O laboratório confirmou ainda que o desmembramento e a sua transformação em empresa independente ocorrerá no segundo semestre de 2023.

O CEO da Sandoz, Richard Saynor, enfatizou: “Este é um marco importante em nosso caminho para nos tornarmos uma companhia independente. Basileia é um centro global para a indústria de ciências da vida, o que nos ajudará a crescer ainda mais e alcançar nossa ambição de ser a empresa líder global no mercado de genéricos e biossimilares.”

A Sandoz Pharmaceuticals AG, a afiliada suíça da Novartis; e a Sandoz Group AG, planejada para ser listada na bolsa de valores suíça SIX, permanecem sediadas em Rotkreuz.

Sandoz: cisão remonta a 2021 e a corte de custos da Novartis

No terceiro trimestre de 2021, a Novartis deu início a uma revisão estratégica da operação de genéricos da Sandoz. Esse processo daria continuidade a um corte de custos que começou em 2019, quando a companhia suíça vendeu a maioria das operações de sua subsidiária nos Estados Unidos. Motivo: as crescentes pressões sobre os preços no mercado de genéricos.

Além disso, se desfazer da Sandoz contribuiria para acelerar a reorganização global da Novartis, que planeja ter uma estrutura mais enxuta com a demissão em massa de 8 mil funcionários. Essa decisão está relacionada à fusão de seus departamentos comerciais de oncologia e farmacêutico em uma unidade de medicamentos inovadores.

Intenção inicial era a venda

A farmacêutica suíça tinha como objetivo inicial vender a Sandoz e estipulou até um valor ideal – US$ 25 bilhões. No entanto, a negociação tornou-se mais improvável por conta da alta da inflação e da guerra na Ucrânia. Com esse panorama, segundo a Bloomberg, os bancos estariam menos dispostos a liberar recursos para grandes aquisições.

Sem nenhuma oferta formal, a cisão transformou-se em um caminho natural, embora a Novartis mantenha uma certa esperança ao dizer que considerará uma eventual oferta “altamente atraente”.

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