As principais revistas do país
repercutem em suas reportagens de capa as medidas de ajuste fiscal anunciadas
pela presidente Dilma Rousseff, na última segunda-feira.
Nesse contexto, a proposta que recria a CPMF é destaque em reportagens, entrevistas, artigos, colunas de opinião e editoriais. Outras propostas que integram as medidas divulgadas pelo Planalto e que são de interesse da indústria também ganham projeção (leia mais em MÍDIA e ANÁLISE SETORIAL).
Reportagem de capa da VEJA repercute a proposta da CPMF e afirma que o Estado brasileiro tornou-se sob o PT uma fera devoradora de riquezas produzidas por quem trabalha e investe. Reportagem sugere que o governo deve cortar despesas.
“Sem deter os desperdícios, os privilégios e a gastança sem critério do populismo estatizante, nunca haverá impostos suficientes para sustentar a voracidade pública”, afirma.
Nesse contexto, a proposta que recria a CPMF é destaque em reportagens, entrevistas, artigos, colunas de opinião e editoriais. Outras propostas que integram as medidas divulgadas pelo Planalto e que são de interesse da indústria também ganham projeção (leia mais em MÍDIA e ANÁLISE SETORIAL).
Reportagem de capa da VEJA repercute a proposta da CPMF e afirma que o Estado brasileiro tornou-se sob o PT uma fera devoradora de riquezas produzidas por quem trabalha e investe. Reportagem sugere que o governo deve cortar despesas.
“Sem deter os desperdícios, os privilégios e a gastança sem critério do populismo estatizante, nunca haverá impostos suficientes para sustentar a voracidade pública”, afirma.
Cobertura semanal com foco no ajuste
traz as menções mais relevantes. Entre os pontos explorados, a proposta a
redução de 30% nos repasses ao Sistema S também ganha repercussão.
Revistas informam que o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, ex-presidente da CNI, tornou-se o “porta-voz” do setor produtivo sobre as medidas fiscais propostas pelo governo.
Revistas informam que o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, ex-presidente da CNI, tornou-se o “porta-voz” do setor produtivo sobre as medidas fiscais propostas pelo governo.
· Reportagem de capa
da ISTOÉ DINHEIRO adverte que o rombo da Previdência será R$ 200
bilhões apenas em 2016 e que, se nada for feito, essa conta atingirá R$ 1,2
trilhão em 2040. Segundo a revista, alheio à gravidade do problema, o governo
federal divulgou “um pacote fiscal pífio, impopular e com poucas chances de ser
aprovado no Congresso Nacional”.
· Em tom crítico,
reportagem aponta que “embora a CPMF seja a proposta mais rechaçada, outras
atacam diretamente o setor produtivo, como a redução de 30% nos repasses ao
chamado sistema ‘S’ (Sebrae, Sesi, Senac e outros), a
diminuição do incentivo a exportadores (Reintegra) e a revisão de benefício
fiscal para a indústria química”.
· “Como porta-voz do
setor produtivo e ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, reclamou
publicamente da falta de diálogo para a construção do pacote”, destaca ISTOÉ
DINHEIRO.
· “Quero dizer de
forma muito tranquila que é um mau sinal, na medida em que você instabiliza as
regras e, nesse caso, é muito importante a previsibilidade das regras”, afirmou Monteiro.
· “Na avaliação dos
empresários da indústria química, o governo está prejudicando ainda mais a
competitividade do setor”, adverte ISTOÉ DINHEIRO.
· ISTOÉ, também em
reportagem de capa, posiciona que “o pacote de ajuste da presidente se limita a
tungar o bolso do contribuinte e reforça a guerra do impeachment”. Segundo a
revista, “não há qualquer sinal de que os parlamentares, num momento de
impopularidade da presidente, vão querer assumir o ônus de aprovar um pacote
que avança sobre o bolso do cidadão”.
· “O próprio ministro
do Desenvolvimento, Armando Monteiro, criticou as medidas, sobretudo o
corte de 30% dos recursos do chamado Sistema S, que alimentam alguns dos
programas mais virtuosos do setor empresarial, inclusive aqueles ligados ao
ensino e à qualificação de mão de obra”, situa a reportagem. “Embora não tenha
participado de forma direta, eu entendo que o melhor desenho seria uma solução
negociada”, afirmou o ministro.
· Mesma reportagem
reproduz as reações de representantes da indústria. “Elevar impostos em um
momento de grave recessão como o que estamos vivendo aprofundará o problema
fiscal, simplesmente porque ninguém, nem pessoas nem empresas, têm atualmente
condições de pagar mais tributos”, disse Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira,
presidente do Sistema Firjan.
· “A sociedade não
quer pagar mais impostos. O governo precisa tapar o buraco que abriu por ser um
gastão”, afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp.
· Já a reportagem de
capa da ÉPOCA adverte que o governo apresentou um pacote que se
assenta sobre um tributo (CPMF) cuja implantação trará, entre outros efeitos, a
alta nos preços e o aumento do desemprego.
· Segundo a
reportagem, será “difícil” a presidente convencer os parlamentares a aprovar as
medidas de ajustes nas contas públicas. Texto indica que assessores próximos a
Dilma reconhecem que o pacote de medidas de ajuste sofrerá baixas.
· “Sob pressão da Fiesp,
o Planalto estuda reduzir a proposta de embolsar 30% da contribuição paga pelas
empresas ao Sistema S (Senai, Sesc, Sesi e Sebrae). Em vez
disso, seriam 20%”, afirma
· Em outra frente, CLAYTON
NETZ, na ISTOÉ DINHEIRO, registra que “cerca de mil empresários
participarão do 33º Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, nos dias 21 e 22, em
Joinville (SC). Pelo lado alemão virão 200 homens de negócios, liderados pelo
vice-ministro da Economia e Energia, Matthias Machnig. A delegação brasileira
no evento, organizado pela CNI, é chefiada pelo ministro do
Desenvolvimento, Armando Monteiro. Em pauta, o acordo Mercosul-União
Europeia e o fim da bitributação das exportações brasileiras para a
Alemanha”.
· O economista CLAUDIO
DE MOURA CASTRO, em artigo na VEJA, analisa os resultados da WorldSkills,
competição organizada pelo Senai com a participação de 62 países, na
qual 1.125 juízes internacionais escolheram os melhores profissionais em 50
ofícios.
· “Não bastasse a
satisfação de assistir a uma coisa tão formosa, duas surpresas nos esperavam. A
primeira é que a organização foi nossa, do próprio Senai (com a
colaboração técnica da WorldSkills). Ou seja, soubemos montar a tortuosa
logística do evento. A segunda surpresa foi ainda maior: o Brasil obteve o
primeiro lugar no certame”, registra.
· Para o economista,
o desafio do Brasil “é preciso expandir o Primeiro Mundo premiado no WorldSkills”.
· “O evento do
Anhembi mostrou que sabemos preparar gente, à perfeição. Temos uma das melhores
formações profissionais do mundo. Falta espalhar isso para muitos mais. O
principal obstáculo não está no Senai. A real barreira é revelada pela
pífia repercussão do evento. Nem a imprensa nem o público entenderam que nossa
vitória transcende o que aconteceu no Anhembi”, posiciona CASTRO.
As reações da indústria quanto ao
pacote de ajuste fiscal do governo e à crise econômica estão em destaque nas
revistas.
· Como ponto de
atenção, CARTA CAPITAL adverte que o Brasil se depara mais uma vez com os
mesmos problemas econômicos de no mínimo três décadas atrás: “a valorização do
real, os juros altos e a atrofia da indústria”. Segundo a revista, essa
foi a conclusão da maioria dos palestrantes do 12º Fórum de Economia da
Fundação Getulio Vargas, em São Paulo.
· “A causa da
estagnação do Brasil desde os anos 1980 é a armadilha da taxa de juros e da
taxa de câmbio, desestimuladora do investimento, em especial na indústria”,
analisou o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira.
· Segundo a
reportagem, nas contas do ex-ministro Antonio Delfim Netto, a valorização do
real entre 1996 e 2014 "roubou" da indústria brasileira 273 bilhões
de dólares. "Estamos pagando por isso", disse.
· "A valorização
cambial foi determinante na degradação da balança comercial e trouxe enormes
prejuízos à economia do País. O último saldo positivo da balança comercial da
indústria é o de 2006, de 46,5 bilhões de dólares. De 2007 a 2014, o setor
acumulou um saldo negativo de 555 bilhões de dólares", destacou João
Guilherme Sabino Ometto, vice-presidente da Fiesp.
· Texto adverte ainda
que a situação das exportações tende a se agravar, pois o câmbio atual “não é
uma política de governo, foi estabelecido à sua revelia e, nessas condições,
não será suporte para o crescimento da indústria”.
· Reportagem de capa
da CARTA CAPITAL aponta que os movimentos sociais aliados do PT não
aceitam o ajuste fiscal e cobram mudanças na política econômica, enquanto o
empresariado não vê solução no horizonte e volte a alimentar dúvidas sobre a
melhor saída para o impasse político-econômico.
· À reportagem, o
cientista político e filósofo Marcos Nobre, da Unicamp, afirma que a postura
recente de Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo,
é representativa. “Skaf adotou um discurso radical contra Levy e as
medidas de ajuste do governo. Em um ambiente conspiratório como o atual, seria
difícil separar Skaf de Temer”, resume a abordagem.
· ÉPOCA publica entrevista com
o ex-secretário de Política Econômica do governo Lula, o economista Bernard
Appy, que sugere que reequilibrar as contas públicas exige reformar a
Previdência e rever os programas de assistência social.
· Em tom crítico,
ele afirma que o governo só tinha um plano A e quando veio a reação contra a
CPMF, o governo recuou e decidiu enviar o Orçamento de 2016 com um déficit de
R$ 30,5 bilhões.
· “Foi uma decisão
equivocada, que se tornou um dos motivos principais do rebaixamento da nota do
Brasil. Foi uma falha não ter elaborado um plano B, ao montar a primeira versão
do Orçamento. No final, o governo recuou outra vez e acabou incluindo uma CPMF
de 0,2% no pacote tributário anunciado na semana passada, mas aí era farde. O
país já havia perdido o grau de investimento”, opina o economista.
· ROSA DOS VENTOS, na CARTA
CAPITAL, adverte que há fortes reações ao "pacote" do governo e que a
presidente Dilma Rousseff está "entre dois fogos". Segundo a coluna,
a oposição, e do outro, o PT, contra a ameaça aos programas sociais.
· ROSA DOS VENTOS afirma
que “a CPMF, se aprovada, atingirá 58% dos brasileiros usuários de cheques. Os
42% restantes não utilizam cheques nem fazem operações financeiras. Parte desse
contingente usa cartão de crédito e saca dinheiro em caixas eletrônicos. Num
país de tanta desigualdade, o impacto desse imposto não parece tão
cruel”.
· ANTONIO DELFIM
NETTO, na CARTA CAPITAL, posiciona que “a decisão de ajustar o Orçamento
(que até então era impossível!) só depois de ter perdido o grau de investimento
reforçou a perigosa incapacidade do governo de comparar custos e benefícios.
Dilma precisa deixar de dubiedade”. Segundo o ex-ministro, a presidente “deve
confirmar, urgente e honestamente, sem recuos, suas novas ‘preferências’ e, com
elas, tentar cooptar o Congresso para aprovar as mudanças necessárias”
· MAÍLSON DA NÓBREGA,
na VEJA, avalia que os últimos acontecimentos, incluindo o pacote fiscal,
“provaram que o orçamento federal ficou insustentável de vez”. Segundo ele, “é
preciso reconhecer o desastre e perceber que o futuro está sob ameaça se não
enfrentarmos o problema estrutural, isto é, o tamanho inaceitável de despesas
obrigatórias”.
· “Sem um forte
ajuste estrutural, nosso futuro será negro. O colapso fiscal sepultará as
chances de volta ao crescimento”, reforça.
· BRASIL CONFIDENCIAL,
na ISTOÉ, registra que "depois de uma semana enfrentando o
espancamento da proposta de CPMF, o governo tem outra peleja pela frente. A
reforma do PIS/Cofins estará na rua nesta semana. Sai da Fazenda e segue para a
Casa Civil. A chiadeira na certa do setor de serviços".
Complementando a agenda, RICARDO
BOECHAT, na ISTOÉ, registra que “depois que as cotações do minério de
ferro bateram em julho o menor valor em dez anos, pressionadas por uma
desaceleração na China, surgiram muitos comentários de que a CSN e a Usiminas
uniriam forças para encarar a crise no mercado de aço interno e externo. As
duas também sofrem com dívidas infladas pelo câmbio depreciado. Consultada, a
Usiminas disse ‘não comenta boatos, nem assunto de acionistas’. Já a CSN
negou”.
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