Os desdobramentos da operação
Lava Jato, contexto político e a situação econômica do país ocupam as capas das
revistas que circulam neste fim de semana.
Novas revelações sobre o
esquema de corrupção da Petrobras e o impacto da decisão do Supremo Tribunal
Federal em desmembrar inquérito da Lava Jato aparecem com destaque.
De forma exclusiva, capa da
VEJA revela que o ex-deputado federal Pedro Corrêa, preso na Lava Jato, negocia
há dois meses com o Ministério Público um acordo que, se confirmado, fará dele
o primeiro político a aderir à delação premiada.
“Corrêa já disse aos
procuradores da Lava-Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas
sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em
funcionamento”, destaca a revista.
Em reportagem de capa, ÉPOCA
aborda a decisão do STF de retirar do juiz Sergio Moro investigações da Lava
Jato. Revista avalia que a medida “põe em risco o futuro da operação que se
aproxima do topo da corrupção brasileira”.
CARTA CAPITAL também trata do
assunto na capa e afirma que a decisão abala a tese da força-tarefa de que
“todas as malfeitorias encontradas até agora integravam um mesmo esquema de
corrupção, montado pelo governo federal em troca de apoio no Congresso”.
Na agenda política, ISTOÉ
aborda a movimentação da presidente Dilma Rousseff em busca de apoio.
Reportagem de capa informa que, depois de recebeu um “não” da cúpula do PMDB, a
presidente “abre o balcão de negócios com as bancadas na tentativa de ganhar uma
sobrevida, mas a estratégia não garante a fidelidade do maior partido da base”.
Abordando a atual cenário
econômico e a alta do dólar, ISTOÉ DINHEIRO avalia que a alta da moeda
americana “pega consumidores e empresas de surpresa e derruba ainda mais a confiança
dos investidores”.
Noticiário de interesse ocupam
espaços restritos nas revistas deste fim de semana. As consequências do ajuste
fiscal e a possíveis mudanças no volume de recursos aportados no SISTEMA S
aparecem de forma pontual.
ANTÔNIO DELFIM NETTO, na CARTA
CAPITAL, alerta que PIB cairá por algum tempo e a dívida pública bruta
continuará a crescer, mas afirma que é preciso saudar a nova proposta do
governo.
“Foi um sinal de que o
Executivo, depois de tantas idas e vindas, se arrependeu. Procura, agora,
recuperar o seu protagonismo. Promete um superávit primário do setor público
consolidado”, avalia.
DELFIM explica que “se
somarmos o aumento de impostos de 35,7 bilhões de reais (o valor dos impostos
sem o que poderia ser deduzido pelos que recolhem para o sistema S) ao
imaginado corte de despesas, teremos 48,2 bilhões de reais. A diferença entre
64,9 bilhões de reais para produzir os 0,55% do superávit primário da União e
os 42,8% bilhões, é de 16,7 bilhões”.
“O problema é que aqui nada há
de ‘cortes’. Há apenas substituições de fontes usando os recursos das emendas
parlamentares dos preços mínimos, do sistema S e do setor exportador”, analisa
a coluna.
Em outra frente, CARTA CAPITAL
publica suplemento especial ESTADOS – CEÁRA que mostra, em uma das reportagens,
que com os megaprojetos no Porto do Pecém, a zona de exportação e a
diversificação do turismo, o Estado se abre ao Brasil e ao mundo. Texto
menciona que o Ceará tem dez unidades do Senai e 16 do Senac.
Debates sobre a recriação da
CPMF e a disparada do dólar aparecem em destaque nas revistas.
ISTOÉ DINHEIRO publica o guia
AS MELHORES DA DINHEIRO com o ranking
das 1000 maiores empresas do Brasil.
Uma das reportagens registra
que, embora tenha sido tumultuado, o ano passado ainda proporcionou bons
resultados às empresas. Texto avalia que o desafio maior é encontrar um caminho
seguro no biênio 2015-2016.
Reportagem repercute a
proposta de criar uma nova CPMF e publica declaração do presidente da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf. “É um absurdo. A carga
tributária no Brasil é altíssima”, afirma o executo.
Revista ressalta que, dentre
os principais motores da economia, a indústria brasileira é a que vem sofrendo
os maiores tombos, com queda de 3,2% em 2014, segundo o IBGE.
“O ritmo de encolhimento deve
dobrar neste ano, conforme previsões do mercado financeiro. Um exemplo
emblemático é o setor automotivo, que representa 23% da indústria de
transformação. Após encolher 15,3% no ano passado, a produção das montadoras
deve ter nova queda de 17,8% em 2015”, acrescenta ISTOÉ DINHEIRO.
Ainda no guia especial, ISTOÉ
DINHEIRO publica entrevista com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na qual
detalha suas propostas para o Brasil voltar a crescer.
“Precisamos implementar uma
agenda estrutural de crescimento para colocar o Brasil em condições
competitivas neste novo mundo em que vivemos. Isso tem a ver com uma
megassimplificação de impostos, que inclui o PIS e a Cofins, e a votação da
unificação do ICMS”, afirma o ministro.
Coluna BRASIL CONFIDENCIAL, na
ISTOÉ, relata que “o secretário de Acompanhamento Econômico da Fazenda, Paulo
Correa, é um dos que defende que o governo revise a tarifa de imposto de
importação. Especialmente para insumos de manufaturados. Briga certa com outros
setores estatais”.
Ainda na ISTOÉ, RICARDO
BOECHAT registra que “por ordem do comitê de investimentos do FI-FGTS, a Caixa
Econômica Federal paralisou financiamentos para o setor elétrico com recursos
do Fundo de Garantia. Cinco pedidos de aportes totalizando R$ 5 bilhões ficaram
pendentes, entre eles os da Cemig, Light e CEEE, do Rio Grande Sul. Os membros
do colegiado querem conhecer a real situação e as perspectivas do setor, antes
de qualquer liberação – ou recusa”.
RICARDO BOECHAT assinala que
“por conta da disparada do dólar aqui desde janeiro, em Pedro Juan Caballero,
no Paraguai, já são sete mil os demitidos no comércio”.
“Parte dos dispensados nas
cidades paraguaias agora tenta ser contrato por indústrias brasileiras que
estão se instalando no país vizinho, atraída por benefícios como a carga
tributária total de 10% e isenção total para importação de maquinas e
matéria-prima”, relata a coluna.
Reportagem na VEJA destaca que
as crescentes incertezas sobre a economia brasileira estão impulsionando o
dólar para o “espaço do imprevisível”.
Segundo o texto, o
enfraquecimento acentuado do real “é um dos termômetros mais acurados da perda
de confiança de investidores no país, decorrente da disputa política e da
incapacidade da presidente Dilma Rousseff de apresentar medidas necessárias de
correção das contas públicas e se empenhar nelas”.
VEJA acrescenta que o
desequilíbrio fiscal e o impacto do dólar sobre os preços levaram o Banco
Central “a pôr em xeque a sua capacidade de trazer a inflação de volta à
normalidade em 2016, no centro da meta de 4,5%. Tudo isso resultará em juros
mais altos, aprofundando assim a recessão em curso”.
0 comentários:
Postar um comentário