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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Labogen intermediação de André Vargas no MS é assunto requentado no depoimento de Leonardo Meirelles, hoje, na CPI

O empresário Leonardo Meirelles, acusado de envolvimento no esquema de
remessas ilegais para o exterior e lavagem de dinheiro destinado a pagamento
de propina na Petrobras, disse há pouco, em depoimento à CPI da Petrobras,
que o ex-deputado André Vargas (PT-PR) participou de todas as fases da
negociação entre uma de suas empresas, o laboratório Labogen, e o Ministério
da Saúde.

A empresa de Meirelles negociou o fornecimento de citrato de sildenafila,
num contrato de R$ 150 milhões oficialmente tratado pelo ministério com
outros dois laboratórios, o Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM) e a
EMS .

Para a Polícia Federal, apesar de o Labogen não ter sido contratado
oficialmente houve uma operação triangular com a participação das outras
empresas.

Meirelles disse que Vargas o ajudou a abrir portas no ministério, mas não
pediu propina. "Vargas participou de todas as fases da negociação com o
Ministério da Saúde; mas em nenhum momento ele me pediu propina", disse.

"Onde o senhor se encontrava com ele?, perguntou o deputado Bruno Covas
(PSDB-SP). "Todas as reuniões sobre o projeto da Labogen aconteceram na
Câmara, no gabinete da vice-presidência", respondeu Meirelles.

Vargas, ex-vice-presidente da Câmara, teve o mandato cassado em 2014 depois
de ter usado um jatinho alugado por Youssef e de ter sido acusado de
intermediar negócios de Youssef, sócio de Meirelles, com o Ministério da
Saúde.

Ele foi preso em uma investigação que não tem relação direta com desvios da
Petrobras. Vargas é suspeito de envolvimento em um esquema de fraude em
contratos de publicidade firmados pelo Ministério da Saúde e pela Caixa
Econômica Federal (CEF).

A CPI está reunida no Plenário 13

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