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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Câmara aprova regulamentação para empresas criadas por universitários

Pelo texto aprovado pelos deputados, as chamadas empresas juniores não precisarão prestar serviços necessariamente inseridos na grade curricular do curso a que estão vinculadas. Proposta voltará para análise do Senado
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (15), em caráter conclusivo, proposta que regulamenta as empresas juniores – aquelas criadas por universitários na instituição de ensino superior e voltadas para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos.
O texto foi aprovado com três emendas da Comissão de Educação, que alterou o Projeto de Lei 8084/14, do Senado, para definir a relação entre a empresa e a instituição de ensino. Pela proposta aprovada, a universidade terá autonomia para definir, por normas internas, como será o reconhecimento da empresa júnior, mas o regulamento deverá ser elaborado com representantes das empresas.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Relator na CCJ, o deputado JHC acredita que regulamentação incentivará o empreendedorismo
Como sofreu alterações na Câmara, o projeto seguirá agora para nova análise dos senadores.
Relação empresa-universidade 
O texto aprovado hoje também traz regras mínimas para a relação empresa-universidade: a instituição de ensino poderá ceder espaço físico gratuito à sede da empresa júnior; as atividades dessas companhias serão inseridas como atividades de extensão no conteúdo acadêmico dos cursos; o plano acadêmico da empresa deverá ser elaborado pelos alunos com a participação do professor orientador e ser referendado por órgão colegiado da instituição de ensino. Esse plano terá de reconhecer a carga horária do professor-orientador no projeto de extensão.
Outros ajustes foram feitos para ampliar a área de atuação das empresas juniores. O projeto original define que as empresas somente podem prestar serviços que estejam inseridos no conteúdo programático específico do curso a que está vinculada. A redação aprovada pela Câmara permite a prestação de serviços que sejam relacionados a esses conteúdos, não necessariamente inseridos na grade curricular.
Empreendedorismo 
O relator na CCJ, deputado JHC (SD-AL), defendeu a aprovação da matéria. Segundo ele, trata-se de um incentivo à formação de mais empresas-juniores e, consequentemente, ao empreendedorismo. "Vamos mostrar que o jovem brasileiro precisa apenas de oportunidades para mostrar sua criatividade e vontade de trabalhar", disse.
Conforme dados da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, são 1,2 mil empresas desse tipo no Brasil, o que coloca o País em destaque no cenário internacional. Para o presidente da confederação, Victor Casagrande, a proposta poderá sanar dúvidas que muitas instituições têm na hora de aprovar a criação de suas empresas juniores. "Vamos ter um parâmetro muito claro e será, com certeza, um incentivo para a criação de novas empresas juniores", comentou.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcelo Oliveira
Agência Câmara Notícias


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