Técnica
chamada fotogrametria foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros permite a
captação de detalhes do rosto com o uso da câmera de um smartphone. Modelagem
da prótese é feita com softwares gratuitos. "O próximo passo é utilizar
impressoras que tenham um custo baixo para fazer a impressão final da prótese.
A tendência é o barateamento das impressoras 3D e, assim, cada vez mais a
metodologia ser aplicada e melhorada", afirma o artista Cícero Morais.
Primeiro implante foi concluído
na semana passada com um paciente de São Paulo (SP).
Crédito:
Divulgação
Uma
equipe de pesquisadores desenvolveu uma prótese facial humana de baixo custo
impressa em três dimensões. O projeto foi feito com apoio do Centro de
Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), vinculado ao Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e a implantação em um
paciente que perdeu parte do rosto em decorrência de um câncer foi concluída na
última semana, em São Paulo (SP).
A
técnica para criação da prótese é chamada de fotogrametria. Com uma série de
fotos tiradas de ângulos diferentes e uso de um software livre, os
pesquisadores conseguiram desenvolver uma malha digital da face do paciente. O
formato da prótese é calculado com base no lado oposto do rosto. Após os testes
de encaixe, é feita a impressão da estrutura, que é adaptada e pigmentada para
ser usada no paciente.
Segundo
o artista gráfico Cícero Moraes, que participou do projeto, a novidade dessa
técnica é a captação de detalhes do rosto como marcas de expressão e o uso de
equipamentos mais simples, como um smartphone, para tirar as fotografias. Para
ele, a participação do CTI Renato Archer foi fundamental para o sucesso do
projeto.
"O
CTI não se resume só à impressão 3D. Lá existe uma série de especialistas em
digitalização e modelagem na área de saúde que nos deram apoio para o
desenvolvimento dessa técnica e nas impressões iniciais. O CTI foi um coautor
dessa metodologia", relata.
Na
opinião de Moraes, o menor custo de produção da prótese é importante tanto para
ajudar as pessoas que precisam quanto para a aplicação da técnica em qualquer
lugar do mundo. "O próximo passo é conseguir utilizar impressoras que
tenham um custo baixo para fazer a impressão final da prótese. A tendência é o
barateamento das impressoras 3D e, assim, cada vez mais a metodologia ser
aplicada e melhorada em qualquer lugar do mundo e mais pessoas serem
ajudadas", afirma.
Os
estudos que levaram à criação da prótese começaram em 2015, como parte do
mestrado do pesquisador Rodrigo Salazar, da Universidade Paulista (Unip). O
projeto também contou com a colaboração da especialista Rose Mary Seelaus, da
Universidade de Illinois, Chicago, que estuda próteses faciais para humanos há
20 anos.
Fonte:
MCTIC
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