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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Prótese de baixo custo para implante facial é desenvolvida com apoio do CTI Renato Archer

Técnica chamada fotogrametria foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros permite a captação de detalhes do rosto com o uso da câmera de um smartphone. Modelagem da prótese é feita com softwares gratuitos. "O próximo passo é utilizar impressoras que tenham um custo baixo para fazer a impressão final da prótese. A tendência é o barateamento das impressoras 3D e, assim, cada vez mais a metodologia ser aplicada e melhorada", afirma o artista Cícero Morais.

Primeiro implante foi concluído na semana passada com um paciente de São Paulo (SP).
Crédito: Divulgação

Uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma prótese facial humana de baixo custo impressa em três dimensões. O projeto foi feito com apoio do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e a implantação em um paciente que perdeu parte do rosto em decorrência de um câncer foi concluída na última semana, em São Paulo (SP).

A técnica para criação da prótese é chamada de fotogrametria. Com uma série de fotos tiradas de ângulos diferentes e uso de um software livre, os pesquisadores conseguiram desenvolver uma malha digital da face do paciente. O formato da prótese é calculado com base no lado oposto do rosto. Após os testes de encaixe, é feita a impressão da estrutura, que é adaptada e pigmentada para ser usada no paciente.

Segundo o artista gráfico Cícero Moraes, que participou do projeto, a novidade dessa técnica é a captação de detalhes do rosto como marcas de expressão e o uso de equipamentos mais simples, como um smartphone, para tirar as fotografias. Para ele, a participação do CTI Renato Archer foi fundamental para o sucesso do projeto.

"O CTI não se resume só à impressão 3D. Lá existe uma série de especialistas em digitalização e modelagem na área de saúde que nos deram apoio para o desenvolvimento dessa técnica e nas impressões iniciais. O CTI foi um coautor dessa metodologia", relata.

Na opinião de Moraes, o menor custo de produção da prótese é importante tanto para ajudar as pessoas que precisam quanto para a aplicação da técnica em qualquer lugar do mundo. "O próximo passo é conseguir utilizar impressoras que tenham um custo baixo para fazer a impressão final da prótese. A tendência é o barateamento das impressoras 3D e, assim, cada vez mais a metodologia ser aplicada e melhorada em qualquer lugar do mundo e mais pessoas serem ajudadas", afirma.

Os estudos que levaram à criação da prótese começaram em 2015, como parte do mestrado do pesquisador Rodrigo Salazar, da Universidade Paulista (Unip). O projeto também contou com a colaboração da especialista Rose Mary Seelaus, da Universidade de Illinois, Chicago, que estuda próteses faciais para humanos há 20 anos.

Fonte: MCTIC


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