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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Biossensor 1.000 vezes mais sensível monitora diabetes sem dor

Glicose pela saliva
Um novo sensor biológico mostrou-se capaz de detectar os níveis de glicose na saliva com mais precisão, maior eficiência e menor custo do que o teste de sangue convencional.
O novo biossensor é quase 1.000 vezes mais sensível do que o método convencional de teste de glicose no sangue.

É mais uma esperança de que os pacientes com diabetes possam monitorar sua condição sem a dor das picadas para coletar sangue.

O sensor biológico altamente sensível, preciso e flexível foi desenvolvido por Yan Feng e sua equipe da Universidade Politécnica de Hong Kong.

Transístor eletroquímico
O aparelho é baseado em um transístor eletroquímico orgânico (OECT: Organic Electrochemical Transistor), uma plataforma para fabricar biossensores capazes de converter elementos biológicos - como íons, lactose e glicose - em correntes elétricas, que podem então ser medidas.

O desafio para a tecnologia OECT, entretanto, vinha sendo criar um biossensor seletivo - que seja somente sensível a uma substância específica, tal como a glicose. Isso porque os OECTs também capturam correntes elétricas de outras moléculas bioquímicas.

A solução encontrada pela equipe foi construir o transístor usando uma enzima glicose oxidase, que é sensível somente à glicose. Para isso, a enzima foi revestida com dois tipos de polímeros, para evitar a interferência de outras substâncias na saliva, aumentando assim a seletividade e a sensibilidade do sensor.

Melhor e flexível
A equipe garante que o novo biossensor é quase 1.000 vezes mais sensível do que o método convencional de teste de glicose no sangue. Ele também é flexível, abrindo caminho para sua incorporação em tecidos inteligentes e outras tecnologias de vestir. Seu baixo custo de fabricação também o torna adequado para a produção em escala industrial.
Outra vantagem da tecnologia é que, apenas mudando a enzima, o biossensor pode ser utilizado para monitorar outras substâncias, como o ácido úrico ou os níveis de colesterol, por exemplo.

Imagem: The Hong Kong Polytechnic University, Redação do Diário da Saúde


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