A Rede de Laboratórios de
Diagnóstico de Arbovírus (RELDA), coordenada pela Organização Pan-Americana
da Saúde (OPAS), está trabalhando para fortalecer o diagnóstico de doenças
transmitidas por mosquitos e assegurar uma resposta oportuna a surtos e
epidemias causados por esses vírus.
Nesta semana, a OPAS reuniu no
Panamá membros dos 32 laboratórios, assessores técnicos e centros colaboradores
dos 27 países da região que integram a RELDA. Foi a primeira reunião da nova
rede, que começou a trabalhar com dengue e expandiu seu alcance de ação para
enfrentar os novos desafios apresentados pelo vírus zika, chikungunya, febre
amarela e outros arbovírus que podem surgir no futuro.
"A transição da rede de
dengue para uma rede de arbovírus permitirá que a OPAS e os países da região
respondam de forma coordenada e abrangente à crescente ameaça que representa a
circulação simultânea de diferentes vírus transmitidos por mosquitos",
disse Sylvain Aldighieri, diretor adjunto do Departamento de Emergências em
Saúde da OPAS, oficina regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as
Américas.
Protocolos de diagnóstico
unificados
A vigilância e a identificação rápida de vírus que circulam nos países do continente americano é uma prioridade da rede e, para isso, estão sendo estabelecidos algoritmos laboratoriais padronizados. "Ter protocolos de diagnóstico unificado nos permitirá identificar de forma confiável e rápida um caso de arbovirose em qualquer país da região, especialmente no início de um surto", disse Jairo Méndez, assessor regional para Doenças Virais da OPAS. "Isso ajudará as autoridades de saúde a tomarem as medidas necessárias para conter os surtos rapidamente", acrescentou.
A vigilância e a identificação rápida de vírus que circulam nos países do continente americano é uma prioridade da rede e, para isso, estão sendo estabelecidos algoritmos laboratoriais padronizados. "Ter protocolos de diagnóstico unificado nos permitirá identificar de forma confiável e rápida um caso de arbovirose em qualquer país da região, especialmente no início de um surto", disse Jairo Méndez, assessor regional para Doenças Virais da OPAS. "Isso ajudará as autoridades de saúde a tomarem as medidas necessárias para conter os surtos rapidamente", acrescentou.
Atualmente, pelo menos nove
arbovírus circulam na região, incluindo dengue, zika, chikungunya, febre
amarela, vírus do Nilo Ocidental, mayaro e oropouche. Como aconteceu em
diversos casos, esses vírus podem gerar situações de emergência para as quais
os laboratórios da região devem estar preparados.
A OPAS, com financiamento dos
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, fornecerá
material para assegurar a continuidade do diagnóstico molecular e sorológico de
diferentes arbovírus. Além disso, a Organização Pan-Americana da Saúde
capacitará equipes de laboratório em cerca de 20 países e realizará visitas
técnicas para fortalecer as capacidades dos membros da RELDA.
Além de padronizar os
protocolos laboratoriais para o diagnóstico de arboviroses na região, os
laboratórios que compõem a rede concordaram em trocar informações, apoiar-se
mutuamente no diagnóstico, estabelecer um repositório de reagentes e mecanismos
para seu intercâmbio entre países, fortalecer a vigilância e participar em
programas de controle de qualidade promovidos pela OMS.
O fortalecimento da Rede de
Laboratórios de Diagnóstico de Arbovírus nas Américas é uma das quatro linhas
de ação acordadas na estratégia regional da OPAS para prevenção e controle de
arboviroses em 2016. As outras são: prevenção e controle, diagnóstico
diferencial e manejo clínico, vigilância e gestão integrada de vetores.
A RELDA teve início em 2008
como Rede de Laboratórios de Dengue das Américas, mas em 2016 se transformou na
Rede de Laboratórios para Diagnóstico de Arbovírus, ampliando seu campo de
ação. Está integrada por 32 laboratórios de 27 países e territórios da região.
A OPAS administra sua
Secretaria Técnica e apoia a coordenação liderada por María Guadalupe Guzmán,
do Instituto Pedro Kouri de Cuba. A Agência de Saúde Pública do Caribe
(CARPHA), o Instituto de Diagnóstico e Referência Epidemiológicos (InDRE) do
México e o CDC Dengue Branch, de Porto Rico, são os assessores técnicos da
Rede, enquanto o Instituto Nacional de Doenças Virais Humanas (INEVH), da
Argentina, o Instituto Pedro Kourí (IPK), de Cuba, e o CDC Fort Collins são
seus centros colaboradores.
Foto: Shutterstock.com/khlungcenter
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