Anúncio ocorreu durante
Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça. A partir de julho, 1 milhão
de doses da vacina voltarão a ser exportadas por Bio-Manguinhos
O ministro da Saúde, Ricardo
Barros, assegurou a exportação de vacinas contra a febre amarela a partir de
julho deste ano, durante Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra (Suíça). Serão
disponibilizados um milhão de doses da vacina por mês, para a exportação,
totalizando 5 milhões até o final deste ano. O ministro informou ainda que,
após a 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, que acaba no dia
26 de maio, o Ministério da Saúde retomará a intensificação da vacinação de
febre amarela nos estados em que não havia anteriormente recomendação de
vacinação, como Salvador e as capitais Rio de Janeiro e São Paulo. A estratégia
de vacinação será feita de forma escalonada para que haja vacina suficiente a
todos os estados.
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“Reafirmo o compromisso
brasileiro com o cumprimento das cotas acordadas de produção de vacina para
exportação e atestamos ainda a eficácia da vacina produzida no Brasil”, afirmou
o ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacando que o país está preparado para
vacinar todo o país. “Estamos em plena condição de fazer a vacinação em locais
com alta densidade populacional e devemos agir preventivamente em áreas onde
não havia recomendação para vacinação, como os estados próximos a Minas Gerais,
onde tivemos o foco da doença”, ressaltou o ministro.
Desde fevereiro deste ano, devido ao surto de febre amarela em vários estados do país, o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz, maior produtor de vacinas da febre amarela no mundo, deixou de exportar, temporariamente, o imunobiológico para atender a demanda nacional. A partir de julho, as vacinas exportadas pelo Brasil serão compradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e farão parte uma espécie de fundo de vacinas que distribuirá aos países, em caso de uma emergência.
Desde fevereiro deste ano, devido ao surto de febre amarela em vários estados do país, o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz, maior produtor de vacinas da febre amarela no mundo, deixou de exportar, temporariamente, o imunobiológico para atender a demanda nacional. A partir de julho, as vacinas exportadas pelo Brasil serão compradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e farão parte uma espécie de fundo de vacinas que distribuirá aos países, em caso de uma emergência.
O laboratório público
Bio-Manguinhos/Fiocruz conta, atualmente, com uma produção de cerca de 6
milhões de doses mensais da vacina de febre amarela. A previsão é que, até o
final deste ano, uma nova fábrica entrará em funcionamento e contribuirá com a
produção de mais 4 milhões de doses por mês. Em 2018, no total, o Brasil terá
capacidade de produção de 10 milhões de doses mensais.
O ministro Ricardo Barros
destacou ainda a importância da população estar imunizada. “Nosso principal
objetivo é aumentar a cobertura vacinal da febre amarela na população e,
consequentemente, garantir a proteção. Por isso, vamos estimular que estados e
municípios façam busca-ativa para vacinar a população em áreas consideradas
endêmicas”, observou o ministro.
FEBRE AMARELA – Desde
dezembro de 2016, quando o Ministério da Saúde passou a ser notificado pelos
estados de São Paulo e Minas Gerais sobre a ocorrência de casos de febre
amarela, a pasta vem atuando em conjunto com estados e municípios na definição
de estratégias para controlar o surto. Todos os estados com casos da doença
contam com suporte do Ministério da Saúde com envio de técnicos e especialistas
para auxiliarem na investigação clínica e laboratorial dos casos, além de apoio
na intensificação de vacinação.
Além disso, desde o início
deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras da vacina contra a
febre amarela aos estados que estão registrando casos suspeitos da doença, além
de outros localizados na divisa com áreas que tenham notificado casos. No
total, até o momento, 24,5 milhões de doses extras foram enviadas para cinco
estados: Minas Gerais (7,5 milhões), São Paulo (5,8 milhões), Espírito Santo
(3,65 milhões), Rio de Janeiro (5,3 milhões) e Bahia (2,2 milhões). Além disso,
foram distribuídas, desde janeiro deste ano, 5,9 milhões doses da vacina de rotina
para todas as unidades da federação. Outras 853,4 mil doses foram enviadas para
intensificar ações nos outros estados.
CASOS DA DOENÇA – Até
18 de maio, há 3.192 casos suspeitos de febre amarela notificados. Desses, 622
(19,5%) em investigação, 758 (23,7%) confirmados e 1.812 (56,8%) descartados.
Dos 426 óbitos notificados, 264 (62%) foram confirmados, 42 (9,9%) em
investigação e 120 (28,1%) foram descartados.
Por Amanda Mendes, da
Agência Saúde
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