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domingo, 8 de outubro de 2017

'Hemofilia - Podemos pensar em cura" - EMICIZUMABE entra na Fase 3 dos estudos clínicos

O que os novos medicamentos podem mudar no tratamento da hemofilia?
Muda bastante. Para os pacientes que têm inibidor, atualmente há dois tipos de tratamento. Oitenta por cento dos sangramentos dos pacientes com inibidor respondem a esses tratamentos, mas 20% desses sangramentos não conseguem ser controlados. Então teríamos mais opções a partir de agora. São medicações novas, que precisamos avaliar mais e também vai depender do custo.

Podemos estar perto da cura?
Se a terapia gênica (inserção de um pedaço do gene responsável pela produção do fator dentro do vírus e posterior inoculação no paciente, para que o próprio organismo volte a produzir o fator) conseguir manter o nível estável dos fatores homeostáticos, podemos pensar em cura, sim.

O Hemorio vai participar desses estudos?
Vamos participar da fase 3 do estudo do emicizumabe, uma etapa mais avançada que amplia o número de pacientes testados na primeira etapa da fase 3. Do Hemorio participarão pacientes com inibidor.

A crise pela qual o país passa afetou o repasse de verbas para o tratamento da hemofilia?
Ministério da Saúde até o momento não mudou nada. Hoje, o tratamento de hemofilia no Brasil é bom. Estamos perto de 4 unidades per capita (UPC, quantidade de fator usada pela população), temos profilaxia primária e secundária. Não somos a Suécia, que tem 7 UPC, mas lá são 300 pacientes e aqui, 12 mil. Temos conseguido fazer muita coisa

Mônica Cerqueira é coordenadora do grupo de coagulopatias hereditárias do Hemorio
O Globo Online | Saúde


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