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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

José Sócrates acusado. Operação Marquês dá origem a mais 15 processos. Paulo Lalanda e Castro não foi acusado na operação Marques

O ex-primeiro-ministro vai ter de responder por 31 crimes, 3 deles de corrupção passiva. 28 arguidos foram acusados.

Lalanda e Castro, patrão de Sócrates na Octapharma, e CEO do grupo Lena não vão a julgamento.

José Sócrates foi hoje acusado de 31 crimes: 3 de corrupção passiva para titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitais, 9 de falsificação de documento e 3 de fraude fiscal qualificada. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) decidiu ainda enviar outros 27 arguidos (18 pessoas singulares e 9 colectivas) a julgamento no âmbito da Operação Marquês

Da lista de arguidos da Operação Marquês, só três não foram acusados: Paulo Lalanda e Castro, patrão de José Sócrates na farmacêutica Octapharma; João Abrantes Serra, advogado que teria servido de intermediário do dinheiro entre a PT e o GES e José Dirceu (ex-braço-direito de Lula da Silva no Brasil) e o CEO do grupo Lena, Joaquim Paulo Conceição. Só Lalanda e Castro vai continuar a ser investigado noutro processo.

Devido à dimensão da Operação Marquês, o Ministério Público decidiu extrair 15 certidões para que alguns factos possam ser investigados em processos autónomos.

A acusação hoje deduzida diz que os factos em investigação tiveram lugar entre 2006 e 2015 e que "ficou indiciado que os arguidos que exerciam funções públicas ou equiparadas, tendo em vista a obtenção de vantagens, agiram em violação dos deveres funcionais". José Sócrates terá começado por permitir benefícios comerciais ao grupo Lena. Santos Silva terá atuado como intermediário de Sócrates em todos os contactos com o grupo leiriense. E, a troco desses benefícios, Joaquim Barroca terá aceitado fazer pagamentos indevidos a Carlos Santos Silva que, na verdade, eram destinados a José Sócrates. E terá ainda aceitado disponilizar as suas contas bancárias abertas na Suíça para movimentar fundos que se destinavam ao ex-primeiro-ministro. Também Santos Silva, além de ter atuado como testa de ferro de Sócrates, terá disponibilizado algumas das suas sociedades para receber quantias provenientes do Grupo LENA, com base em pretensos contratos de prestação de serviços.

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SÍLVIA CANECO, Jornalista



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