O ex-primeiro-ministro vai ter
de responder por 31 crimes, 3 deles de corrupção passiva. 28 arguidos foram
acusados.
Lalanda e Castro, patrão de
Sócrates na Octapharma, e CEO do grupo Lena não vão a julgamento.
José Sócrates foi hoje acusado
de 31 crimes: 3 de corrupção passiva para titular de cargo político, 16 crimes
de branqueamento de capitais, 9 de falsificação de documento e 3 de fraude
fiscal qualificada. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)
decidiu ainda enviar outros 27 arguidos (18 pessoas singulares e 9 colectivas)
a julgamento no âmbito da Operação Marquês
Da lista de arguidos da
Operação Marquês, só três não foram acusados: Paulo Lalanda e Castro, patrão de
José Sócrates na farmacêutica Octapharma; João Abrantes Serra, advogado que
teria servido de intermediário do dinheiro entre a PT e o GES e José Dirceu
(ex-braço-direito de Lula da Silva no Brasil) e o CEO do grupo Lena, Joaquim
Paulo Conceição. Só Lalanda e Castro vai continuar a ser investigado noutro
processo.
Devido à dimensão da Operação
Marquês, o Ministério Público decidiu extrair 15 certidões para que alguns
factos possam ser investigados em processos autónomos.
A acusação hoje deduzida diz
que os factos em investigação tiveram lugar entre 2006 e 2015 e que "ficou
indiciado que os arguidos que exerciam funções públicas ou equiparadas, tendo
em vista a obtenção de vantagens, agiram em violação dos deveres
funcionais". José Sócrates terá começado por permitir benefícios comerciais
ao grupo Lena. Santos Silva terá atuado como intermediário de Sócrates em todos
os contactos com o grupo leiriense. E, a troco desses benefícios, Joaquim
Barroca terá aceitado fazer pagamentos indevidos a Carlos Santos Silva que, na
verdade, eram destinados a José Sócrates. E terá ainda aceitado disponilizar as
suas contas bancárias abertas na Suíça para movimentar fundos que se destinavam
ao ex-primeiro-ministro. Também Santos Silva, além de ter atuado como testa de
ferro de Sócrates, terá disponibilizado algumas das suas sociedades para
receber quantias provenientes do Grupo LENA, com base em pretensos contratos de
prestação de serviços.
LEIA MAIS: (CLIQUE NOS LINKS
EM BAIXO)
- O circuito do dinheiro para
José Sócrates
- Sabe quem são o Cidadão Mamede e o Profeta Daniel? Guia para perceber o léxico do juiz Carlos Alexandre
- Como Sócrates quis comprar o ‘Público’
- Testemunha diz que mãe de Sócrates só tinha “casinhas de porteira”
- Operação Marquês: Transferências suspeitas começaram quando Sócrates chegou a primeiro-ministro
- A quinta-mistério do caso Sócrates. Já foi de quatro arguidos e não é de ninguém
- Ricardo Salgado arguido por suspeitas de corromper José Sócrates
- Deixem passar o homem invisível
- O homem que sonhava ser Deus
- Sabe quem são o Cidadão Mamede e o Profeta Daniel? Guia para perceber o léxico do juiz Carlos Alexandre
- Como Sócrates quis comprar o ‘Público’
- Testemunha diz que mãe de Sócrates só tinha “casinhas de porteira”
- Operação Marquês: Transferências suspeitas começaram quando Sócrates chegou a primeiro-ministro
- A quinta-mistério do caso Sócrates. Já foi de quatro arguidos e não é de ninguém
- Ricardo Salgado arguido por suspeitas de corromper José Sócrates
- Deixem passar o homem invisível
- O homem que sonhava ser Deus
SÍLVIA
CANECO, Jornalista
0 comentários:
Postar um comentário