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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

LENALIDOMIDA - REVLIMID ®, medicamento oral para tratar mieloma múltiplo recidivado, é lançado no Brasil


Registrada pela ANVISA em dezembro de 2017 e recentemente lançado no mercado brasileiro a lenalidomida, foi aprovada para uso, em combinação com a dexametasona, no tratamento de pacientes adultos com mieloma múltiplo (MM) refratário/recidivado, que já tenham recebido pelo menos uma terapia anteriormente, e, para tratar da síndrome mielodisplásica onde parte do cromossomo 5 é ausente (deleção 5q).

A lenalidomida demonstrou um aumento da sobrevida e das taxas de resposta dos pacientes com este tipo de câncer além de reduzir o risco de progressão da doença. O manuseio, dispensação, e administração do produto é cercada de cuidados e recomendações preconizadas pela portaria 344 de produtos controlados e por Nota Técnica do Conselho Federal de Farmácia, conforme anexo.

A ANVISA aprovou o registro Revlimid® (lenalidomida), da Celgene, após a avaliação de estudos clínicos de fase III envolvendo mais de mil pacientes. Medicamento da classe dos sólidos orais oncológicos compostos IMiDs, formado por moléculas pequenas que agem no microambiente da célula do tumor por meio de múltiplos mecanismos de ação, que causam a morte da célula do mieloma múltiplo e inibem a volta do tumor.

A substância lenalidomina, com diversos registros no mundo é aprovada em mais de 70 países, assumindo a liderança global no tratamento do mieloma múltiplo na primeira recidiva, apesar do mieloma múltiplo ser um tipo de câncer sanguíneo incurável, a lenalidomida desacelera a progressão da doença e aumenta as taxas de resposta ao tratamento, o que significa um ganho expressivo para os pacientes.

Existem vários estudos com outras substâncias associadas a lenalidomida sendo realizados no mundo, a substância é utilizada em inúmeros estudos científicos comparativos, como referência no tratamento desse e outros tipos de câncer.

LENALIDOMIDA EM OUTROS PAÍSES
Na Rússia a versão genérica do Ukrenergo, Lenalidomide-Nativ, foi registrada em agosto de 2016. Nos EUA a  Celgene Corporation (Celgene) fornecerá à Natco Pharma e sua parceira norte-americana, a Arrow International - uma unidade da Allergan - a licença para fabricar e comercializar genéricos Revlimid (lenalidomida). Recentemente, em 24 de abril de 2018 a Alvogen dos USA recebeu aprovação europeia para lenalidomida genérica, a empresa já participava do mercado asiático com o produto desenvolvido pela afiliada Alvogen, Lotus Pharmaceuticals.

PRODUÇÃO NO BRASIL
Brevemente o produto estará sendo fabricado no Brasil, graças ás parcerias publico privadas anunciadas pelo Ministério da Saúde os Laboratórios Oficiais do Estado de Minas Gerais – FUNED e do Paraná – TECPAR, receberão transferência de tecnologia da empresa NATCO, que lançou a versão genérica do medicamento laboratório Natco Pharma lançou em 2007, para fabricação do medicamento no âmbito do Complexo Industrial e Econômico da Saúde. Na égide do mesmo processo o Ministério da Saúde em sinergia com os PCDTs deverão centralizar as aquisições, disponibilizando o medicamento para o mais amplo acesso da população que deverá receber o tratamento.

Sobre o Mieloma Múltiplo
O mieloma múltiplo (MM) é um câncer de sangue que afeta as células plasmáticas (glóbulos brancos produtores de anticorpos), podendo levar à anemia, dores ósseas, insuficiência renal, fraturas patológicas e infecções.
O mieloma múltiplo atinge 30 mil pessoas no Brasil, sendo a maioria acima de 60 anos. A doença ainda não tem cura, mas, se diagnosticada precocemente, pode ser controlada com tratamento. Geralmente, o diagnóstico de mieloma múltiplo é realizado tardiamente, devido a alguns dos sintomas mais comuns, como dores ósseas e na lombar – serem facilmente confundidos com osteoporose.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, mais de 3.000 pessoas morreram no Brasil, em 2016, por conta do mieloma múltiplo, o que representa um aumento de 6% comparado ao ano anterior.

Sobre a Síndrome Mielodisplásica
A síndrome mielodisplásica (SMD) pertence ao grupo de doenças malignas do sangue e acomete cerca de 300.000 pessoas no mundo. Acontece por uma incapacidade das células da medula óssea de se desenvolverem e se transformarem em células sanguíneas maduras e funcionais. Com o tempo, essas células anormais se acumulam no interior da medula óssea suprimindo a produção de células saudáveis. Pacientes com a doença podem desenvolver anemia severa, o que requer transfusões frequentes. Na maioria dos casos, o quadro vai se agravando e o paciente desenvolve citopenia (redução de determinados componentes do sangue) que leva à falência progressiva da medula óssea. Em um terço dos pacientes com a síndrome mielodisplásica, a doença se transforma em leucemia mielóide, em geral, em alguns meses ou poucos anos.

Com base no artigo publicado pela Biored, no DOU, EMEA, FDA

Anexo:


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