Ministério da Saúde
distribuirá 30 mil kits para diagnóstico para todas as regiões do país.
Atualmente, os estados do RJ, SP, PA e GO realizam o teste. Brasil monitora 433
casos suspeitos
O Ministério da Saúde vai
ampliar a capacidade laboratorial para diagnóstico do coronavírus em todo o
território nacional. Nas próximas semanas, serão distribuídos 30 mil kits para
teste diagnóstico (protocolo de Berlim) específico para o COVID-19. Depois,
gradativamente, serão ampliados para todos os 27 Laboratórios Centrais de Saúde
Pública (LACENs) do país. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (2) pelo
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva de imprensa, em
Brasília (DF), para atualizar a situação do coronavírus no Brasil.
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Inicialmente, serão
distribuídos 10 mil kits de diagnóstico aos LACENs dos estados do Amazonas,
Pará, Roraima, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Rio de Janeiro, Espírito
Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul,
Paraná e Santa Catarina, contemplando todas as regiões do país. A Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, por meio do laboratório de
Biomanguinhos, iniciará a produção e distribuição dos testes ainda nesta
quarta-feira (4).
O secretário de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, destacou que a pasta vai
capacitar todos os laboratórios centrais do país para aumentar a vigilância
para a doença. “Esses estados serão os primeiros que passarão a realizar os
testes e, dentro de 20 dias, teremos todos os laboratórios centrais do Brasil
realizando o teste específico para o coronavírus. Temos que ampliar a
vigilância. Estamos capacitando os estados e, desta forma, teremos mais
capacidade de realizar os testes. Estamos ampliando principalmente porque
estamos entrando no período de sazonalidade das doenças respiratórias”,
concluiu o secretário.
Atualmente, quatro
laboratórios realizam o teste para diagnóstico do coronavírus. São eles os
laboratórios de referência nacional, Fiocruz, no Rio de Janeiro, Instituto
Evandro Chagas (IEC), no Pará, e Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, além do
Laboratório Central de Goiás, que foi capacitado para realização do exame
específico para coronavírus dos brasileiros repatriados da China que ficaram na
base aérea de Anápolis (GO).
A expectativa é que os
laboratórios que receberem os kits já estejam preparados para iniciar o
processo de diagnóstico para o coronavírus em até 20 dias. Além do teste
diagnóstico do protocolo de Berlim, o laboratório de Biomaguinhos também dará
início à produção de 3 mil testes do protocolo CDC, que serão utilizados apenas
como contraprova.
Além disso, os profissionais
desses laboratórios também serão treinados por equipes da Fiocruz e IEC, para a
realização do procedimento de forma qualificada. Os treinamentos serão in
loco a partir da chegada dos kits nos estados.
VIAGEM PARA LOCAIS COM CASOS
DE CORONAVÍRUS
O ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, lembrou, durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira
(2/3), que, em casos de viagem para locais com casos de coronavírus, é preciso
ficar atento às condições de saúde. “É preciso reforçar os hábitos de higiene e
lavar as mãos com água e sabão. Em caso de sintomas, como febre, tosse ou
dificuldade de respirar, o Ministério da Saúde orienta a procurar uma unidade
de saúde e informar histórico de viagem”, destacou o ministro.
Questionado sobre
instituições, como empresas e escolas, que estão orientando alunos e
profissionais a não comparecerem às unidades por 14 dias, em caso de viagem a
países com circulação do vírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
garantiu que não existe nenhuma recomendação nesse sentido.
“O caso das escolas é uma
decisão um pouco sectária e precipitada, porque não se baseia em nenhum
critério técnico ou científico. Do ponto de vista de saúde pública, se uma
pessoa chega de um local e não tem febre, não tem coriza, não tem nenhum
sintoma, ela não tem porque ser retida. Nessas épocas de muito estresse, as
pessoas tomam esse tipo de atitude precipitada, sem nenhum suporte técnico”,
observou o ministro.
Segundo Luiz Henrique
Mandetta, há meios oficiais de se buscar orientações fidedignas. “O site do
Ministério da Saúde (www.saude.gov.br/coronavirus)
está abastecido com informações. Nós temos o telefone 136 à disposição da população.
Temos em todos os estados pessoas que podem dar informações qualificadas na
rede de saúde”, orientou o ministro.
ATUALIZAÇÃO DOS CASOS
O Brasil tem dois casos
confirmados de coronavírus no país. Eles não têm relação entre si, embora sejam
residentes do município de São Paulo. Os casos são importados e, por isso, não
há mudança da situação nacional, pois não existem evidências de circulação
sustentada do vírus em território brasileiro. Até esta segunda-feira (2), 433
casos suspeitos são monitorados pelo Ministério da Saúde. Os dados foram
repassados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Atualmente, 15 países, além da
China, são monitorados pelo Ministério da Saúde por apresentarem transmissão
ativa do coronavírus. Com isso, os critérios para a definição de caso suspeito
enquadram agora as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal,
como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados
Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul,
Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14
dias.
Até o momento, 162 casos
suspeitos de coronavírus já foram descartados em todo o Brasil. Para evitar a
proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de
higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para
higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou
tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos
estejam limpas.
Para manter a população
informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza
diariamente, os dados na Plataforma
IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições
desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação
epidemiológica.
Por Nicole Beraldo e Vanessa
Aquino, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
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