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quinta-feira, 5 de março de 2020

Brasil tem três casos de coronavírus


Todos são de transmissão importada, de pessoas que estiveram em áreas endêmicas onde o vírus já circula. Ministério da Saúde mantém vigilância dos sintomas apresentados pelos viajantes

Foto: Renata Momoe / ASCOM MS
Durante o final da tarde desta quarta-feira (4), o Ministério da Saúde confirmou mais um caso de coronavírus no Brasil: um homem, residente em São Paulo, que esteve na Europa, inclusive na Itália, nos últimos 14 dias. Ele segue em casa se recuperando. A pasta aguarda a contraprova para confirmação de um quarto caso de coronavírus também em São Paulo de uma adolescente que esteve na Itália. A informação foi passada pelo ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a coletiva de imprensa em Brasília (DF).

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O primeiro exame da paciente foi realizado pela Beneficência Portuguesa e segue em análise no Instituto Adolf Lutz para confirmação. O processo é necessário porque o Beneficência realizou pela primeira vez o exame para coronavírus. Com o resultado positivo do laboratório público, o hospital paulistano poderá confirmar futuros prováveis casos. Até esta quarta-feira (4), 531 suspeitos são monitorados pelo Ministério da Saúde. Outros 315 casos já foram descartados por exame laboratorial.

O caso da jovem foge dos protocolos de vigilância definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se for confirmado, é considerado atípico por ser assintomático, e avaliado como um achado de saúde pública. Na visão do Ministério da Saúde isso reforça que o sistema de vigilância interno é forte. “Isso demonstra que nosso radar está bastante sensível, pois conseguimos perceber o caso muito cedo”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A pasta, junto às secretarias de saúde estadual e municipal de São Paulo, segue monitorando as pessoas que têm contato mais próximo com os casos.

As ações de vigilância do Ministério da Saúde continuam caso a caso, conforme definido pela OMS. No entanto, a pasta se prepara para reforçar a assistência sobretudo às pessoas mais vulneráveis à ação do vírus, como os idosos, as pessoas imunedeprimidas e pacientes com doenças crônicas. “Estamos atentos como o cenário se comporta. Vamos dar suporte técnico, de vigilância, científico e financeiro, se necessário, aos estados e municípios”, disse o ministro.

Nesta quarta-feira (4), o número de países monitorados pelo Ministério da Saúde foi ampliado, de acordo com as atualizações da OMS, por apresentarem transmissão local do coronavírus. Desta forma, as pessoas que estiveram nesses países nos últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de coronavírus. A medida faz parte das ações de contenção realizadas pelo Ministério da Saúde contra a transmissão do coronavírus.

Confira a lista de países com transmissão local de coronavírus

REUNIÃO COM ESPECIALISTAS

Nesta quinta-feira (5), o Ministério da Saúde se reúne com entidades médicas para discutir quatro frentes prioritárias para o enfrentamento do coronavírus: detecção, emergência, resposta e comunicação. Apesar do coronavírus existir há muitos anos, o mundo está lidando com um novo coronavírus e o Brasil busca mais informações sobre o comportamento desse vírus.

A intenção da pasta é preparar a rede de saúde do país, como um todo, com as melhores evidências científicas possíveis. A reunião vai funcionar como uma escuta sensível ao que os especialistas (profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e profissionais de áreas afins) podem contribuir para estabelecer consenso das questões que envolvem o histórico do vírus, a vigilância, o tratamento e a orientação à população.

Para manter a população informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza diariamente, os dados na Plataforma IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação epidemiológica.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.




Silvia Pacheco, daAgência Saúde


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