Todos são de transmissão
importada, de pessoas que estiveram em áreas endêmicas onde o vírus já circula.
Ministério da Saúde mantém vigilância dos sintomas apresentados pelos viajantes
Foto: Renata Momoe /
ASCOM MS
Durante o final da tarde desta
quarta-feira (4), o Ministério da Saúde confirmou mais um caso de coronavírus
no Brasil: um homem, residente em São Paulo, que esteve na Europa, inclusive na
Itália, nos últimos 14 dias. Ele segue em casa se recuperando. A pasta aguarda
a contraprova para confirmação de um quarto caso de coronavírus também em São
Paulo de uma adolescente que esteve na Itália. A informação foi passada pelo
ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a coletiva de imprensa em
Brasília (DF).
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O primeiro exame da paciente
foi realizado pela Beneficência Portuguesa e segue em análise no Instituto
Adolf Lutz para confirmação. O processo é necessário porque o Beneficência
realizou pela primeira vez o exame para coronavírus. Com o resultado positivo
do laboratório público, o hospital paulistano poderá confirmar futuros
prováveis casos. Até esta quarta-feira (4), 531 suspeitos são monitorados pelo
Ministério da Saúde. Outros 315 casos já foram descartados por exame
laboratorial.
O caso da jovem foge dos
protocolos de vigilância definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se
for confirmado, é considerado atípico por ser assintomático, e avaliado como um
achado de saúde pública. Na visão do Ministério da Saúde isso reforça que o
sistema de vigilância interno é forte. “Isso demonstra que nosso radar está
bastante sensível, pois conseguimos perceber o caso muito cedo”, disse o
ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A pasta, junto às secretarias de
saúde estadual e municipal de São Paulo, segue monitorando as pessoas que têm
contato mais próximo com os casos.
As ações de vigilância do
Ministério da Saúde continuam caso a caso, conforme definido pela OMS. No
entanto, a pasta se prepara para reforçar a assistência sobretudo às pessoas
mais vulneráveis à ação do vírus, como os idosos, as pessoas imunedeprimidas e
pacientes com doenças crônicas. “Estamos atentos como o cenário se comporta.
Vamos dar suporte técnico, de vigilância, científico e financeiro, se
necessário, aos estados e municípios”, disse o ministro.
Nesta quarta-feira (4), o
número de países monitorados pelo Ministério da Saúde foi
ampliado, de acordo com as atualizações da OMS, por apresentarem transmissão
local do coronavírus. Desta forma, as pessoas que estiveram nesses países nos
últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou
falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de coronavírus. A medida
faz parte das ações de contenção realizadas pelo Ministério da Saúde contra a
transmissão do coronavírus.
Confira a lista de
países com transmissão local de coronavírus
REUNIÃO COM ESPECIALISTAS
Nesta quinta-feira (5), o
Ministério da Saúde se reúne com entidades médicas para discutir quatro frentes
prioritárias para o enfrentamento do coronavírus: detecção, emergência,
resposta e comunicação. Apesar do coronavírus existir há muitos anos, o mundo está
lidando com um novo coronavírus e o Brasil busca mais informações sobre o
comportamento desse vírus.
A intenção da pasta é preparar
a rede de saúde do país, como um todo, com as melhores evidências científicas
possíveis. A reunião vai funcionar como uma escuta sensível ao que os
especialistas (profissionais de saúde, pesquisadores, gestores e profissionais
de áreas afins) podem contribuir para estabelecer consenso das questões que
envolvem o histórico do vírus, a vigilância, o tratamento e a orientação à
população.
Para manter a população
informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza
diariamente, os dados na Plataforma
IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições
desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação
epidemiológica.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Para evitar a proliferação do
vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as
mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o
nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no
lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
Saiba mais em www.saude.gov.br/coronavirus
Silvia Pacheco, daAgência Saúde
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