Em ofício, ministério informou
que montante é referente às doses importadas. Anvisa decidirá no domingo (17)
sobre os pedidos de uso emergencial de duas vacinas.
Por Paloma Rodrigues e Filipe
Matoso, TV Globo e G1 — Brasília
O Ministério da
Saúde enviou nesta sexta-feira (15) ao Instituto
Butantan um ofício no qual pediu a entrega "imediata" de
6 milhões de doses importadas da vacina contra a Covid-19.
O documento é assinado pelo
diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, e
endereçado ao diretor do instituto, Dimas Covas.
"Solicitamos os bons
préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses
importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial
perante a Anvisa", diz o documento.
"Ressaltamos a urgência
na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em
vista que este ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a
logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira
simultânea e equitativa, conforme cronograma previsto no Plano Nacional de
Operacionalização da vacinação contra a Covid--19", acrescenta o
ministério.
Procurado, o Instituto
Butantan respondeu que recebeu o ofício e perguntou ao ministério qual
quantitativo será destinado ao estado de São Paulo.
"Para todas as vacinas
destinadas pelo instituto ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), é praxe
que uma parte das doses permaneça em São Paulo, estado mais populoso do Brasil.
Isso acontece, por exemplo, com a vacina contra o vírus influenza, causador da
gripe. Portanto, o instituto aguarda manifestação do Ministério também em
relação às doses da vacina contra o novo coronavírus", acrescentou o
Butantan.
Reunião da Anvisa
Ainda no documento, o governo
federal informa ao Butantan que, no próximo domingo (17), a
Anvisa analisará os pedidos de uso emergencial de duas vacinas.
As duas vacinas que devem ser
analisadas pela Anvisa no domingo são:
- Pedido do Butantan: 6
milhões de doses vindas da China;
- Pedido da Fundação Oswaldo Cruz: 2
milhões de doses que devem ser importadas do laboratório Serum, da Índia.
No Brasil, o Butantan produz a
vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. A Fiocruz
produz a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e o
laboratório AstraZeneca.
Além dessas, a farmacêutica
brasileira União Química já informou que doses da vacina russa Sputnik V devem
ser produzidas ainda em janeiro em Brasília.
Doses à disposição
Mais cedo, nesta sexta, Dimas
Covas afirmou que 4,5 milhões de doses da CoronaVac já estavam à disposição do
Ministério da Saúde.
"O Butantan já tem 4,5
milhões de doses rotuladas, prontas para serem entregues no centro de
distribuição do MS. Só estamos aguardando essa autorização do ministério para
fazer esse escaminhamento. [...] As cotas dos estados serão definidas
possivelmente ainda na tarde de hoje. Definindo essa cota, o estado já vai
imediatamente receber e encaminhar à Secretaria da Saúde", disse.
O governador do estado, João
Doria, também afirmou que a cota referente ao estado de São Paulo permanecerá
no estado para que a vacinação comece imediatamente após a aprovação da Anvisa.
Vacinas na Índia
Também nesta sexta-feira, o
presidente Jair Bolsonaro afirmou que o
avião que buscará vacinas na Índia partirá "daqui a dois, três dias".
Ao todo, são cerca de dois
milhões de doses da vacina adquirida do laboratório Serum.
"Foi tudo acertado para disponibilizar 2 milhões de doses. Só que hoje, neste exato momento, está começando a vacinação na Índia. É um país com 1,3 bilhão de habitantes. Então, resolveu-se — aí não foi decisão nossa — atrasar um ou dois dias, até que o povo comece a ser vacinado lá. Lá também tem as pressões políticas de um lado e de outro. Isso daí, no meu entender, daqui a dois, três dias no máximo, nosso avião vai partir e vai trazer esses 2 milhões de vacinas para cá", declarou Bolsonaro.
1 comentários:
Espero que logo todos tenha acesso a vacina. 🙌🙌🙌
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