A gigante adquiriu a Amcare
Health que conta com hospitais em Pequim e Shenzhen por cerca de US$ 1,5
bilhão, aumentando sua presença no setor de saúde
- Munique Shih
A ByteDance expandiu seu
portfólio de serviços com a aquisição de uma das principais redes de hospitais
da China, a Amcare Healthcare, pelo valor de US_jobs(data.conteudo)nbsp;1,5
bilhões (R$ 7,7 bilhões), marcando um dos maiores acordos de uma big
tech nacional, desde a repressão da internet naquele país.
A Amcare Healthcare foi
fundada em Pequim no ano de 2006 e administra hospitais femininos e infantis
nas cidades de Pequim e Shenzhen. Em 2020, a empresa obteve uma licença do
governo para operações de fertilização in vitro após adquirir um hospital em
Pequim.
Segundo o banco de dados de empresas privadas e públicas sediadas na China, Qichacha, duas subsidiárias da ByteDance já possuem uma participação combinada de 100% na rede de hospitais.
O campo da saúde não é uma
novidade para a ByteDance, a big tech conta com o seu próprio
app de saúde, Xiaohe, voltado para consultas online, hospitalares e serviços de
bem-estar, assim como as concorrentes domésticas Alibaba Health Information
Technology Ltd. e Ping An Healthcare and Technology.
Em 2020, a dona do TikTok também investiu em uma
startup de biotecnologia especializada na descoberta de novos medicamentos,
Shuimu BioSciences e na empresa que realiza síntese de DNA, Songuo Medical.
Foto: Divulgação / Bytedance / Canaltech
A mais nova aquisição da
ByteDance mostra que a gigante provavelmente busca se expandir para novas
áreas, visto que o setor de entretenimento online tem sido alvo constante de
Pequim — que tem criado novas regulamentações para a área de tecnologia para conter
a "expansão desordenada de capital" no final de 2020.
Com a aquisição, a dona da
rede social que popularizou o formato de vídeos curtos se une a outras big
techs, como Apple e Amazon, que exploram cada vez mais
maneiras de digitalizar o setor de saúde tradicional e popularizar a
telemedicina.
A demanda por serviços de
saúde na Internet disparou em meio à pandemia de Covid-19. No auge da crise de
saúde pública na China no início deste ano, consultas online gratuitas
oferecidas por provedores ajudaram a aliviar a pressão sobre os hospitais
locais e a tranquilizar os pacientes.
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Segundo a empresa de pesquisa
de mercado norte-americana Frost & Sullivan, o mercado de telemedicina da
China deve atingir 198 bilhões de yuans (R$ 150,2 bilhões) até 2025, bem acima
dos 22 bilhões de yuans (R$ 16,7 bilhões) em 2020 — aumento promovido pela
pandemia.
Atualmente os investimentos da
ByteDance abrangem setores que incluem o metaverso, educação, robôs de limpeza
até café, porém a empresa reduziu seus investimentos após o aumento da pressão
das autoridades sob os negócios das empresas de tecnologia chinesas.
Fonte: Bloomberg
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