Uma portaria assinada pelos ministérios
da Fazenda e da Saúde aumentou em até 194% os valores, que haviam sido
atualizados em 2001 pela última vez.
O registro de um novo medicamento, por
exemplo, que hoje fica em R$ 80 mil, custará R$ 234,8 mil a partir de 9 de
setembro, o que significará um aumento de 193,55%.
"Há anos não se fazia um reajuste.
Aí, durante um período difícil, de recessão, o governo aplica uma taxa dessa
magnitude. É uma medida inconsequente", afirma o presidente do Sindusfarma
(sindicato da indústria do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.
O incremento é maior do que a inflação
de medicamentos registrada desde 2001, que ficou em 93,95%.
"A alta das taxas ainda vem no
mesmo momento em que sofremos com a expansão estratosférica dos custos, como o
da energia. Isso afeta de forma perigosa a margem de lucro das empresas."
A indústria de medicamentos, no
entanto, é uma das poucas que vem apresentando resultados positivos neste ano.
De janeiro a julho, as vendas nas farmácias tiveram um crescimento nominal de
12,64%. O faturamento ficou em R$ 26,5 bilhões.
Além do farmacêutico, outros segmentos,
como o de alimentos e o de cosméticos, serão afetados pelo aumento da taxa de
fiscalização de vigilância sanitária.
Karime Xavier/Folhapress
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Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma
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vigilância
*a partir de 9.set.2015 Fonte:
Sindusfarma e "Diário Oficial da União”
Folha
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