A Academia Nacional de Medicina (ANM)
promoveu, nesta quinta-feira (3), um simpósio sobre Ensino Médico, o Programa
Mais Médicos e o Programa Mais Especialistas. O presidente da ANM, acadêmico
Francisco Sampaio, afirmou que a ideia foi, além de discutir o assunto e propor
sugestões, dar oportunidade de que na Academia, os dois lados da discussão
pudessem expor suas ideias e argumentos.
O encontro reuniu representantes da
Associação Médica Brasileira (AMB), da Comissão Nacional de Residência Médica,
além do presidente da ANM, Francisco Sampaio, o presidente da Associação Médica
Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, o representante do Ministério da Saúde,
Francisco Eduardo de Campos (UMA-SUS), e os acadêmicos José Gomes Temporão
(ex-ministro da Saúde), José Luiz Amaral (ex-presidente da AMB) e Paulo Buss,
sanitarista e ex-presidente da Fiocruz, além de diversos membros da Academia
Nacional de Medicina, médicos e representantes de entidades médicas.
Mesa – 1ª parte do Seminário – Prof. Baracat,AMB, Acad. Francisco
Sampaio, Presidente ANM. Dr. Florentino Cardoso,Presidente AMB e representante
das Comissões de Residência Médica
O presidente da Academia Nacional de
Medicina nomeou uma comissão de cinco membros, representantes da ANM e AMB, que
vão elaborar em duas semanas um documento propositivo e bem fundamentado, que
será publicado e enviado à Presidência da República e aos Ministérios da Saúde
e da Educação, procurando orientar e auxiliar o encaminhamento destas questões,
tão importantes para a saúde da população brasileira.
Alguns itens resumidos foram
adiantados pela ANM e AMB:
- Os médicos brasileiros sempre
estiveram à disposição para contribuir com melhorias para a saúde da população,
e muitas vezes foram ao Ministério da Saúde com propostas;
- A carreira de estado para médicos
da atenção básica vai melhorar muito a distribuição dos médicos no País;
- O Ministério da Saúde, como parte
de seu planejamento, deverá estimar e informar o número de médicos que o Brasil
precisa por especialidade, onde devem trabalhar, com que regime de trabalho
(CLT) e com que salário;
- A CNRM (Comissão Nacional de
Residência Médica) e a AMB (Associação Médica Brasileira) titulam médicos
especialistas há décadas. O número de especialistas no Brasil pode aumentar
rapidamente, desde que existam condições adequadas para treinamento em serviços
especializados;
- O governo federal e os municípios
devem ampliar o apoio à atenção básica, incentivando a todos e não apenas a
médicos recém-formados, a ingressar na estratégia de saúde da família,
- Os principais problemas da saúde
pública no Brasil são sub-financiamento e gestão deficiente, que deve ser
aprimorada
0 comentários:
Postar um comentário