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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Júlio Cézar Martorano assume comando da ABIPTI até junho de 2016

A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) tem um novo presidente. Com a saída de Claudio Violato, em virtude de mudanças internas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), o cargo passa agora para Júlio Cézar Martorano. O Estatuto da ABIPTI estabelece que os mandatos são das instituições e, por isso, o posto será ocupado por um membro do CPqD até junho do ano que vem. A cerimônia de posse aconteceu na manhã desta quarta-feira (2), na sede da ABIPTI, em Brasília (DF).
Pesquisador do CPqD desde 1993, Júlio Cézar possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (SP) e graduação em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em junho deste ano, Martorano tomou posse como presidente do Instituto Atlântico, uma entidade civil sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que provê soluções tecnológicas que geram valor em forma de inovação. Fundada em 2001 pelo CPqD, a instituição atua em P&D e em inovação, projetos de desenvolvimento e consultoria, atendendo principalmente a indústria, o governo e o setor financeiro.

Qual o principal desafio à frente da ABIPTI?

É, conjuntamente com todos os seus associados, construir mais pontes para se integrar. Buscar fortalecer o próprio papel da ABIPTI como representante desses associados. Também buscarmos uma interlocução mais forte, criar base para que, no futuro, a ABIPTI tenha uma representatividade muito maior junto aos atores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação [MCTI], a Finep [Financiadora de Estudos e Projetos], as Comissões de Ciência e Tecnologia da Câmara e do Senado, a Frente Parlamentar de Ciência e Tecnologia.

Como será sua atuação nesse primeiro momento?

Vamos dar continuidade ao trabalho que já vem sendo feito por essa mesma gestão. É um mandato que termina ano que vem, então não vamos fazer grandes alterações. Tem muita coisa que está sendo construída, que já está sendo preparada, e nós vamos dar continuidade a esse processo.

Na sua avaliação, como está o cenário da CT&I no País e o que precisa ser feito para que ele melhore?

Um trabalho publicado recentemente pela MEI [Mobilização Empresarial Pela Inovação, da Confederação Nacional da Indústria] mostra que o governo tem investido consistentemente na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Mas o setor privado, principalmente os empresários, ainda têm uma grande dificuldade de entender a inovação como um fator de aumento de competitividade, aumento de produtividade, principalmente competitividade em nível nacional para internacional. Então, na minha avaliação, neste contexto, nós temos um trabalho muito grande de mobilização dos diversos setores que compõe o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Empresários e instituições de pesquisa e desenvolvimento. É certo também que, pela fase de contenção de despesas que hoje os governos federal, estaduais e municipais estão passando, nós vamos ter, sim, uma dificuldade nos investimentos públicos. Então, é um momento também para a gente se renovar. E outra coisa, que talvez seja mais importante que isso, principalmente quando se tem escassez de recursos, é você focar. É você concentrar ação em áreas que são estratégicas para o País.

Como a ABIPTI pode construir essa mobilização pela inovação, vinda tanto do setor privado como público?

A ABIPTI tem um conjunto de associados com uma capacidade de formulação muito forte. O que nós ainda precisamos melhorar é nossa capacidade de vender esse conhecimento que os associados tem para o setor privado. Fazer a demonstração clara e inequívoca que isso é um investimento que melhora a vida das organizações, que melhora a produtividade e competitividade. É preciso dar foco nisso também.

Qual recado o senhor daria para os associados da ABIPTI?

Vamos fazer um trabalho de fortalecimento institucional da ABIPTI. Vamos fazer um trabalho que transforme a Associação, que melhore a sua capacidade de representação e que também aproxime cada vez mais os associados, o que é muito importante. Nós queremos que a ABIPTI continue sendo vista como uma grande instituição que representa as entidades de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

(Agência Gestão CT&I)



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