O
Sobre Ministério da Saúde esclarece a reportagem do Fantástico relacionada a
qualidade do medicamento L-asparaginase adquirido pela pasta Informa que:
O
teste realizado pelo Laboratório de Espectrometria de Massas, do Laboratório
Nacional de Biociências (LNBio) reforça que o medicamento adquirido pelo
Ministério da Saúde, Leuginase, é asparaginase, transcrevemos as conclusões,
como segue:
Sobre
os dados obtidos em suas instalações, o LNBio declara que:
(i) são
preliminares e não conclusivos;
(ii) não
investigam a eficácia e os efeitos decorrentes da utilização das amostras
avaliadas;
(iii) são
decorrentes de análises realizadas em réplicas técnicas das amostras do Centro
Infantil Boldrini;
(iv) referem-se,
única e exclusivamente, à identificação e à quantificação relativa dos
peptídeos presentes nas amostras analisadas; e, por fim,
(v) são
insuficientes para comprovação estatística de diferenças quantitativas entre as
amostras.
Ressalta-se,
ainda, que o LNBio não possui certificação para emitir laudos técnicos
periciais.
O
laudo é assinado pelo Diretor do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio)/
Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Kleber Franchini
O
laudo desqualifica a informação veiculada pela reportagem em programa anterior
afirmando que o produto é sintético.
O
Ministério da Saúde coloca sob suspeita as amostras que o Centro Infantil
Boldrini colocou em análise, pois sem base concreta, antes de qualquer análise,
mostra a clara intenção da entidade em desqualificar o produto adquirido pela
pasta. Observe-se seguintes notas do laudo seguidas das informações do MS:
1 -
LNBio afirma em seu relatório que os dados apresentados pela amostra “são
preliminares e não conclusivos”. Ainda, deixa mais evidente a má fé do Centro
Infantil Boldrini ao certificar que os dados obtidos “são insuficientes
para comprovação estatística de diferenças quantitativas entre as amostras”. A
comparação sugerida, portanto, não é possível.
2 -
A comparação de referência que a reportagem afirma ser utilizada pelo centro,
segundo o Fantástico, é com medicamento Aginase que também não possui
estudos clínicos próprios. É contraditório, ao longo da série de reportagens,
questionar a necessidade de tais pesquisas para o produto fornecido pelo MS, a
Leuginase, quando o medicamento indicado como referência Aginase utilizado nos
pacientes, também, não tem estudos clínicos.
3 –
É característica de um produto biológico apresentar traços de proteínas. Isso,
no entanto, não indica que esses elementos são prejudiciais aos pacientes. A
interpretação da análise pelo Centro Boldrini induz erro na conclusão
precipitada, já que os resultados são preliminares e não conclusivos.
Teste
sobre a qualidade do medicamento adquirido pelo Ministério da Saúde está sendo
realizado pelo INCQS, instalado na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os dados
preliminares mostram que o medicamento é biológico e tem ação enzimática na
degradação da asparagina.
Onze
estados (AM, BA, GO, MA, PA, PE, PI, RJ, RO, RR e SP) já estão utilizando o
medicamento Leuginase. Na farmacovigilância – acompanhamento junto a
essas unidades —, até o momento, não houve nenhum efeito diferente do esperado
pela literatura disponível.
A
compra do medicamento cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu
impugnações.
O
Ministério da Saúde tem se colocado a disposição da produção do Fantástico para
todos os esclarecimentos.
No
entanto, sente-se obrigado, mais uma vez, a distribuir nota de esclarecimento
para, de forma transparente, apresentar todos os argumentos sobre o assunto.
Com
base na nota distribuída pelo MS
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