Em dificuldade financeira,
hospital-escola reduziu atendimentos no pronto-socorro. Pesquisas científicas
também estão ameaçadas. Para Kassab, instituição presta serviços de excelência
para a população do estado.
Ministro Gilberto Kassab
participa de reunião no Hospital São Paulo.
O ministro da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, esteve nesta
sexta-feira (28) em reunião com a diretoria do Hospital São Paulo e da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para conhecer a situação financeira
da instituição. A Unifesp é um dos maiores produtores científicos do
país, com aproximadamente 2,5 mil pesquisas como as de células-tronco
desenvolvidas somente em 2015. Para Kassab, o hospital-escola não merece
passar por dificuldades financeiras como ocorreu nos últimos anos. "O
Hospital São Paulo tem profissionais e presta serviços de excelência à
população tanto da cidade de São Paulo como de todo o estado", disse o
ministro.
Desde 2012, o Hospital vem
registrando déficits anuais. A direção da instituição reivindica recursos
adicionais de R$ 18 milhões por ano para equilibrar as finanças. Em 2016, a sua
receita atingiu R$ 568,9 milhões, porém, no final do ano, o resultado foi negativo
em R$ 34,6 milhões . Essa situação fez com que os atendimentos sofressem
redução. Somente do dia 1 a 17 de abril deste ano, 14.238 pessoas deixaram de
ser atendidas pelo pronto-socorro. Segundo o diretor-superintendente do
Hospital, José Roberto Ferraro, a medida serviu para minimizar os custos.
Já a reitora da Unifesp,
Soraya Smaili, alertou o ministro Kassab para a possibilidade de redução das
produções científicas nos próximos meses. "Hoje, temos 605
laboratórios para as pesquisas, e a nossa produção está ameaçada
seriamente".
Já a professora Emilia Sato,
que integra o Conselho Gestor, lembrou a importância do Hospital São Paulo no
trabalho de prevenção a doenças cardíacas na cidade. "Graças às
nossas pesquisas, conseguimos reduzir o índice de mortalidade por problemas
cardíacos na cidade de São Paulo para cerca de 2%, bem abaixo da média
registrado nas demais regiões brasileiras."
Crédito: Ascom/MCTIC Por Ascom
do MCTIC
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