Uma equipe de pesquisadores da
Universidade de Glasgow, na Escócia, desenvolveu um sistema de impressão e
análise química 3D de medicamentos, mais barato e rápido que os processos
tradicionais, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (17/01) pela
revista "Science".
"Acredito que o sistema
mudará a forma com a qual fabricamos substâncias químicas finas e,
possivelmente, medicamentos. Iremos aumentando a confiança (no sistema), por
isso esperamos que a indústria o receba bem", explicou em entrevista à
Agência Efe um dos integrantes da equipe, o professor Lee Cronin.
Além disso, Cronin destacou
que o sistema é capaz de fazer com que as substâncias químicas se estabilizem e
se isole, como ocorre na indústria química tradicional. Segundo os autores do
estudo, as fábricas de produção de medicamentos têm alto custo e é difícil
reutilizadas para a elaboração de diferentes medicamentos.
O sistema criado pelo
professor Philip Kitson e seus colegas, por sua vez, utiliza modelos
personalizados para a síntese das substâncias utilizando simples módulos de
plásticos, que podem ser embalados e usados em outro lugar, com baixo custo.
O software que identifica as
reações químicas e os processos necessários para cada medicamento gera
componentes possíveis de ser impressos em uma impressora 3D barata, de US$ 2
mil.
Os pesquisadores provaram a
capacidade do sistema para produzir baclofeno, um relaxante muscular, e
descobriram que podiam usá-lo para preparar o medicamento a partir de três
passos: a identificação de reações químicas e processos, a tradução dos modelos
para 3D e a impressão do remédio. Para os autores, esse sistema tem múltiplos
benefícios, entre eles o acesso universal, uma distribuição mais eficiente e a
possibilidade de ser mais barato do que a indústria tradicional.
Portal http://protec.org.br
(Fonte: Época – 18/01/2018)
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