A determinação de novas áreas
consideradas de risco de transmissão de febre amarela e com recomendação de
vacina é um processo contínuo e atualizado regularmente pela OMS. A última
mudança, no caso do Brasil, ocorreu em abril de 2017.
Atualmente, a vacina para
viajantes internacionais é recomendada também para os estados das Regiões
Centro-Oeste e Norte do Brasil, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e
Maranhão, além de partes dos estados da Região Sul, Bahia e Piauí. A vacinação
deve ser feita ao menos dez dias antes da viagem.
A Organização Pan-Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) avalia que a medida mais
importante para prevenir a febre amarela é a imunização. Quem vive ou se
desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger
de picadas de mosquitos. Apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir
imunidade e proteção ao longo da vida. Efeitos secundários graves são
extremamente raros.
Os viajantes com
contraindicações para a vacina contra a febre amarela (crianças abaixo de 9
meses, mulheres grávidas ou amamentando, pessoas com hipersensibilidade grave à
proteína do ovo e imunodeficiência grave) ou com mais de 60 anos devem
consultar seu profissional de saúde para avaliação cuidadosa de
risco-benefício.
A OMS recomenda também
procurar assistência à saúde em caso de sintomas e sinais de febre amarela,
durante a viagem e após o retorno de áreas com risco de transmissão da doença.
Principais fatos
- A febre amarela é uma doença hemorrágica
viral transmitida por mosquitos infectados. O termo “amarela” se refere à
icterícia apresentada por alguns pacientes.
- Febre, dor de cabeça, icterícia, dores
musculares, náusea, vômitos e fadiga são sintomas de febre amarela.
- Uma pequena proporção de pacientes que
contraem o vírus desenvolve sintomas graves e aproximadamente metade deles
morre de sete a 10 dias.
- O vírus é endêmico em áreas tropicais da
África, América Central e América do Sul.
- Grandes epidemias de febre amarela ocorrem
quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas
com alta densidade de mosquitos e onde a maioria das pessoas tem pouca ou
nenhuma imunidade devido à falta de vacinação. Nessas condições, mosquitos
infectados transmitem o vírus de pessoa para pessoa.
- A febre amarela é prevenida por uma vacina
extremamente eficaz, segura e acessível. Uma dose da vacina é suficiente
para garantir imunidade e proteção ao longo da vida, não sendo necessária
nenhuma dose de reforço. A vacina confere imunidade eficaz dentro de 30
dias para 99% das pessoas imunizadas.
Doses fracionadas
O Ministério da Saúde do
Brasil anunciou na semana passada que vai adotar, entre
fevereiro e março deste ano, o fracionamento de doses da vacina contra a febre
amarela em três estados: Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa medida é
recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde (OPAS/OMS) como uma das estratégias de imunização que podem ser usadas em
resposta a necessidades eventuais de campanhas de larga escala – uma vez que um
surto ameace a capacidade de abastecimento, por exemplo, se espalhando para
áreas altamente povoadas. O fracionamento não tem a intenção de servir como
estratégia de longo prazo nem de substituir as rotinas estabelecidas nas
práticas de imunização.
Fonte: Portal OPAS/OMSBrasil
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