Novo modelo foi anunciado
durante reunião para avaliar o pregão de registro de preço do medicamento. Com
a adequação, entidades retornarão a comprar de forma individual o produto
O Ministério da Saúde adequará o valor da tabela de procedimentos de quimioterapia para Leucemia Linfóide/Lifoblástica Aguda (LLA).O anúncio foi realizado, nesta segunda-feira (08/01), durante reunião realizada, entre técnicos da pasta e entidades de referência em oncologia e de controle para validar o pregão de registro de preço de compra do medicamento L-asparaginase nativa. O novo modelo será dividido por fases (indução, consolidação, intensificação e manutenção), e permitirá o retorno da responsabilidade aos hospitais oncológicos pela compra do medicamento, utilizado no tratamento de crianças com LLA.
O Ministério da Saúde adequará o valor da tabela de procedimentos de quimioterapia para Leucemia Linfóide/Lifoblástica Aguda (LLA).O anúncio foi realizado, nesta segunda-feira (08/01), durante reunião realizada, entre técnicos da pasta e entidades de referência em oncologia e de controle para validar o pregão de registro de preço de compra do medicamento L-asparaginase nativa. O novo modelo será dividido por fases (indução, consolidação, intensificação e manutenção), e permitirá o retorno da responsabilidade aos hospitais oncológicos pela compra do medicamento, utilizado no tratamento de crianças com LLA.
Atualmente, o Ministério da
Saúde repassa mensalmente um valor médio da quimioterapia dos pacientes com
Leucemia Linfóide/Lifoblástica Aguda (LLA), que dura cerca de três anos. Com o
novo modelo, o pagamento será correspondente a cada etapa desse tratamento, em
geral mais caro nas fases iniciais. O cálculo leva em conta o valor dos
medicamentos utilizados e o custo do atendimento realizado. Para isso, o novo
valor que está sendo avaliado será compatível com o preço registrado do
medicamento Peg-asparaginase, que obteve registro, na Anvisa, e precificação
pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), no segundo semestre
de 2017.
O registro de preço da
Peg-asparaginase no Brasil foi um importante momento para solucionar a situação
do mercado brasileiro na aquisição de L-asparaginase nativa. Agora, o país
passa a ter uma L-asparaginase comercializada em território nacional, o que não
ocorria há pelo menos 5 anos e que motivou o Ministério da Saúde a importar e
distribuir o medicamento, desde 2013, garantindo assim, o abastecimento dessas
unidades de saúde e o tratamento dos pacientes com a doença. A retomada da
compra dos medicamentos pelos hospitais observa essa disponibilidade do produto
e, consequentemente, o fim do desabastecimento que vinha sendo verificado.
REGISTRO DE PREÇO
- Durante a reunião, o Ministério da Saúde e as entidades especializadas
acertaram que serão solicitados maiores esclarecimentos para a vencedora do
pregão. Serão exigidos documentos adicionais sobre estudos clínicos e de
farmacovigilância.
A próxima compra do Ministério
da Saúde será para o atendimento de 6 meses, considerando o tempo hábil para
que os hospitais realizem a compra de L-asparaginase de sua preferência. Como é
um registro de preço, quando não há a obrigatoriedade da compra, só serão
enviados os insumos mediante solicitação dessas unidades de saúde. A empresa
vencedora do pregão apresentou um valor 34,21% inferior ao da última aquisição.
Participaram da reunião desta
segunda-feira a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE),
Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO), Conselho Federal
de Farmácia (CFF), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o
Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Tribunal de Contas da União.
A compra de medicamentos
oncológicos, como a L´asparaginase, é obrigatoriedade dos hospitais habilitados
em Oncologia, denominados CACONs e UNACONs. O valor desses medicamentos já é
contemplado pelos repasses realizados pelo Ministério da Saúde de acordo com os
procedimentos ambulatoriais e de internação relacionadas ao tratamento. Apesar
de comprar o medicamento e encaminhar aos hospitais oncológicos cadastrados no
SUS, é importante ressaltar que nunca houve diminuição do repasse dos
procedimentos, ou seja, passou-se a disponibilizar o medicamento, além do valor
que já é repassado para o tratamento.
Por Victor Maciel, da Agência
Saúde
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