Zerbaxa
é indicado para tratar infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa,
considerada uma das três bactérias mais resistentes pela OMS (Organização
Mundial de Saúde)
Presente no Brasil desde 1952, a
MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas divisões de saúde
humana, saúde animal e pesquisa clínica – Divulgação
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar o novo
antibiótico ceftolozana-tazobactam, comercialmente conhecido como Zerbaxa, para
o tratamento de pacientes com infecções causadas por bactérias resistentes,
entre elas, enterobactérias produtoras de ESBL ou BLEE (β-lactamase de espectro
estendido) e Pseudomonas aeruginosa. Desenvolvido pela farmacêutica MSD,
o novo antibiótico está aprovado para infecções intra-abdominais complicadas e
infecções do trato urinário complicadas.
A
resistência bacteriana tem se agravado progressivamente. Estima-se que 700 mil
pessoas morram anualmente em todo o mundo devido ao fenômeno. Dados divulgados
recentemente revelam que até 2050, infecções por bactérias
multirresistentes poderão matar 10 milhões de pessoas no mundo por ano, impacto
maior que a mortalidade por câncer[1].
No
Brasil, a realidade não é diferente. De acordo com dados da Anvisa, cerca de
25% das infecções registradas no país são causadas por micro-organismos
multirresistentes[2] – aqueles que se tornam imunes à ação dos antibióticos.
Na lista das bactérias com menos opções de tratamento disponíveis, elaborada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017, está a Pseudomonas
aeruginosa.
Atualmente,
até 40% dos casos de P. aeruginosa detectados no Brasil apresentam
resistência aos carbapenêmicos, como o meropenem, que é o antibiótico mais
usado para tratar infecções graves. “O antibiótico
ceftolozana-tazobactam, atualmente, é considerado a melhor opção para tratar
infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa. Esse tipo de bactéria
sempre foi um desafio para nós médicos, pois são muito frequentes em ambientes
hospitalares, particularmente nas UTIs”, destaca Clóvis Arns da Cunha,
infectologista e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Frequente
agente infeccioso, a Pseudomonas aeruginosa pode ser resistente aos
antibióticos escolhidos inicialmente para o tratamento. Sem antibióticos
eficientes contra bactérias resistentes, muitos procedimentos médicos, como
cirurgias e quimioterapia para pacientes com câncer poderiam ser
suspensos ou postergados. “Nós utilizamos antibióticos em complicações
infecciosas de diversos procedimentos hospitalares, o que possibilitou vários
avanços em várias áreas da saúde, incluindo os transplantes, por exemplo. Se as
bactérias se tornarem resistentes aos antibióticos que temos disponíveis hoje,
poderemos voltar à era pré-antibióticos, onde um simples ferimento infectado
poderá causar graves danos”, alerta o médico.
Segundo
estudos clínicos, o novo antibiótico ceftolozana-tazobactam
demonstrou 87% de eficácia no tratamento de infecções bacterianas
intra-abdominais complicadas, quando comparadas ao tratamento padrão com
meropeném - eficácia de 83%, antibiótico de referência para o tratamento de
bactérias resistentes. Já para tratamento das infecções do trato urinário
causadas por Pseudomonas aeruginosa, os números são ainda mais expressivos
e a nova terapia demonstrou eficácia de 75%, quando comparados ao levofloxacino
(eficácia de 47%), utilizado como comparador para tratamento desta
infecção[3].
Resistência
bacteriana, uma ameaça global
Em
2016, durante a Assembleia Geral da ONU, os países membros se comprometeram a
implementar medidas globais para enfrentar a ameaça de microrganismos
multirresistentes. Após anos de alertas sobre o problema da escassez de
antibióticos e antifúngicos eficazes disponíveis, esta foi a primeira vez que
os países assumiram o compromisso de enfrentar ativamente essa questão.
No
início de 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS), pela primeira vez na
história, divulgou uma lista de bactérias resistentes e fez um apelo pelo
desenvolvimento de novos antibióticos[4], já que a descoberta de novas opções
de tratamento contra estes organismos vem diminuindo há anos. Além
da Pseudomonas aeruginosa, estão citadas no documento Acinetobacter
baumannii e diversasEnterobacteriaceae (incluindo Klebsiella
pneumoniae, E. coli, Serratia spp. e Proteus spp.).
Entre
os doze grupos de bactérias incluídas na lista da OMS, em três, a resistência
aos antibióticos foi classificada como crítica, ou seja, que o desenvolvimento
de novas opções terapêuticas é urgentemente necessário. Entre elas, está
a Pseudomonas aeruginosa resistente a carbapenêmicos.
A
resistência microbiana é um problema mundial e a MSD investe constantemente em
pesquisa e desenvolvimento de novos antibióticos para reverter este cenário.
Além disso, a empresa se preocupa com o uso consciente e adequado destes
medicamentos, uma vez que, se utilizados corretamente, podemos aumentar o tempo
de vida do arsenal terapêutico existente e, até certo ponto, retardar a resistência
microbiana, explica Fernando Serra Brandão, diretor médico da MSD.
Sobre
Zerbaxa
Zerbaxa,
é uma solução composta por 1 g de sulfato de ceftolozana + 0,5 g de tazobactam
sódico, encontrado em embalagem contendo 10 frascos-ampolas. É uma
substância de uso hospitalar e indicado no tratamento de infecções bacterianas
complicadas do abdômen e do trato urinário, incluindo uma condição chamada
“pielonefrite aguda” (um tipo de infecção do trato urinário que afeta um ou
ambos os rins) em adultos com idade a partir de 18 anos. A dose usual para
adultos com função renal normal é 1,5g (1,0g ceftolozana/0,5g tazobactam) 8/8h
por via intravenosa, com infusão em 1 hora.
Sobre
a MSD
Há
mais de um século, a MSD, uma das líderes globais do ramo biofarmacêutico, cria
invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para
combater as doenças mais desafiadoras. MSD é o nome pelo qual é conhecida a
Merck & Co. Inc. fora dos Estados Unidos e Canadá e que está sediada em
Kenilworth (New Jersey, EUA). Por meio dos nossos medicamentos de prescrição,
vacinas, terapias biológicas e produtos de saúde animal, trabalhamos com
clientes em mais de 140 países para oferecer soluções de saúde inovadoras.
Também demonstramos nosso compromisso de melhorar o acesso aos cuidados de
saúde por meio de políticas, programas e parcerias de longo alcance. Hoje em
dia, a MSD continua na linha de frente da área de pesquisa para avançar na
prevenção e no tratamento de doenças que ameaçam pessoas e comunidades ao redor
do mundo – inclusive o câncer, doenças cardiometabólicas, doenças emergentes de
animais, Alzheimer e doenças infecciosas como HIV e Ebola. Para mais
informações, acesse www.msd.com e
nos siga no Twitter.
Sobre
a MSD no Brasil
Presente
no Brasil desde 1952, a MSD conta com mais de 1,5 mil funcionários no país, nas
divisões de saúde humana, saúde animal e pesquisa clínica. Para mais
informações, acesse www.msdonline.com.br .
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