Em entrevista à TSF, Graça
Freitas defende o uso médico canábis e lembra que muitos medicamentos usados
atualmente contêm opiáceos.
A diretora-geral da Saúde não
tem preconceitos em relação ao uso de canábis para fins terapêuticos. Em
entrevista à TSF, Graça Freitas revela que não tem qualquer objeção quando está
em causa o bem-estar e o conforto dos pacientes.
"Todo o conforto, tudo o
que se puder fazer para que os doentes não tenham dor, para que tenham
bem-estar, boa qualidade de vida, para que melhorem a sua situação de base, e
se facto houver evidência científica, como parece que há, [a canábis] usada
terapeuticamente, não tenho nenhuma objeção."
Graça Freitas lembra que
"muitos de nós ao longo da vida usam opiáceos, que à partida seria uma
droga, mas usam opiáceos de forma medicamente controlada com o objetivo de
acalmar a dor, tirar sintomas incómodos, dar bem-estar às pessoas e dar
qualidade de vida." Por isso, não vê objeções à canábis medicinal.
"Não tenho nenhum
preconceito ao uso da canábis. Antes pelo contrário. Se é efetiva, se faz bem
às pessoas, se se pode regular como medicamento, estou de acordo."
Na Manhã TSF, em conversa com
Fernando Alves, a diretora-geral da Saúde falou ainda sobre os surtos da gripe,
fez um balanço das situações mais complicadas no último ano e lembrou o
antecessor, Francisco George.
Foto: TSF, Joana Carvalho Reis
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