Socesp
emite alerta sobre os sintomas que surgem até 20 anos após a infecção pela
doença
O
aumento de 2.000% nos casos de sífilis no Brasil, divulgado pelo Ministério da
Saúde, exige atenção quanto a futuras complicações cardiovasculares. Quem faz o
alerta é a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). José
Francisco Kerr Saraiva, presidente da instituição, explica que os jovens
acometidos hoje pela doença podem ter sérios problemas cardiovasculares no
futuro, caso o tratamento não seja correto e eficiente.
Depois
de dois a 20 anos da infecção, ocorre a sífilis terciária, cujos sintomas são
mais graves, como dor torácica e nas costas, provocada por aneurisma da artéria
aorta ascendente ou descendente, com risco de ruptura. Outro sintoma é a falta
de ar, quando a sífilis acomete a válvula aórtica.
Saraiva
explica que a sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A
doença apresenta três fases de infecção. A primária tem como sintoma o
surgimento, a partir de dez dias após o contágio, de uma ferida em órgãos
sexuais, boca ou pele. A secundária ocorre entre seis semanas e seis meses. Os
sintomas são manchas avermelhadas, principalmente nas mãos e pés. Há, ainda,
uma fase na qual a doença fica latente, levando a um descuido com o tratamento.
Em
todos os casos, o tratamento no combate à bactéria é feito com antibióticos, em
especial a penicilina. Porém, a sífilis cardiovascular exige que um
cardiologista especializado também cuide do paciente. “É premente a retomada de
campanhas e ações preventivas de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil”,
alerta o presidente da Socesp.
Sociedade de Cardiologia do
Estado de São Paulo (Socesp):
http://socesp.org.br/noticias/cardiologia/jovens-com-sifilis-podem-ser-adultos-cardiacos/
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