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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Casos de sífilis podem evoluir para complicações cardiovasculares


Socesp emite alerta sobre os sintomas que surgem até 20 anos após a infecção pela doença

O aumento de 2.000% nos casos de sífilis no Brasil, divulgado pelo Ministério da Saúde, exige atenção quanto a futuras complicações cardiovasculares. Quem faz o alerta é a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). José Francisco Kerr Saraiva, presidente da instituição, explica que os jovens acometidos hoje pela doença podem ter sérios problemas cardiovasculares no futuro, caso o tratamento não seja correto e eficiente.

Depois de dois a 20 anos da infecção, ocorre a sífilis terciária, cujos sintomas são mais graves, como dor torácica e nas costas, provocada por aneurisma da artéria aorta ascendente ou descendente, com risco de ruptura. Outro sintoma é a falta de ar, quando a sífilis acomete a válvula aórtica.

Saraiva explica que a sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença apresenta três fases de infecção. A primária tem como sintoma o surgimento, a partir de dez dias após o contágio, de uma ferida em órgãos sexuais, boca ou pele. A secundária ocorre entre seis semanas e seis meses. Os sintomas são manchas avermelhadas, principalmente nas mãos e pés. Há, ainda, uma fase na qual a doença fica latente, levando a um descuido com o tratamento.

Em todos os casos, o tratamento no combate à bactéria é feito com antibióticos, em especial a penicilina. Porém, a sífilis cardiovascular exige que um cardiologista especializado também cuide do paciente. “É premente a retomada de campanhas e ações preventivas de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil”, alerta o presidente da Socesp.

 Referências

Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp): http://socesp.org.br/noticias/cardiologia/jovens-com-sifilis-podem-ser-adultos-cardiacos/

Fonte: UNIVADIS

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