Exame para medir dor
Pesquisadores da Universidade
de Indiana (EUA) afirmam ter desenvolvido um exame capaz de mensurar a dor em
pacientes.
Embora ainda não tenha passado
por testes clínicos, a equipe afirma que o teste pode ajudar a conter a crise dos analgésicos opioides, quem vem matando milhares
de pessoas anualmente por sobredosagem.
A equipe do professor
Alexander Niculescu acompanhou centenas de participantes para identificar
biomarcadores no sangue que pudessem ajudar a determinar de forma objetiva a
gravidade da dor do paciente.
Os resultados indicaram vários
biomarcadores, mas o mais interessante deles é chamado microfibrila associada a
proteína 3, ou MFAP3 na sigla em inglês.
"A MFAP3, que não
apresentava evidências prévias na literatura de envolvimento na dor, teve a
evidência empírica mais robusta de nossos passos de descoberta e validação e
foi um forte preditor de dor nas coortes independentes, particularmente em
mulheres e homens com TEPT [Transtorno de Estresse Pós-Traumático]. Outros biomarcadores
com melhores evidências funcionais convergentes para o envolvimento na dor
foram GNG7, CNTN1, LY9, CCDC144B e GBP1. Alguns dos biomarcadores identificados
são alvos de drogas existentes," escreveu a equipe em ser artigo,
publicado na revista médica Molecular Psychiatry.
Medida objetiva da dor
O exame de sangue, que seria o
primeiro de seu tipo, permitiria aos médicos uma precisão muito maior no
tratamento da dor - assim como um melhor olhar de longo prazo para o futuro
médico do paciente.
"Nós desenvolvemos um
protótipo para um exame de sangue que pode objetivamente dizer aos médicos se o
paciente está com dor, e quão severa é essa dor. É muito importante ter uma
medida objetiva da dor, já que a dor é uma sensação subjetiva. Até agora
tivemos que confiar nos pacientes que autorrelatam ou na impressão clínica que
o médico tem.
"A epidemia de opiáceos
ocorreu porque essas medicações viciantes foram prescritas em demasia devido ao
fato de que não havia medida objetiva se alguém estava com dor, ou quão severa era
sua dor. Antes, nenhuma boa alternativa tinha sido dada aos médicos. O
pensamento era que 'Essa pessoa diz que está com dor, vamos prescrever
[opiáceos]'.
Agora as pessoas estão vendo que isso criou um problema
gigantesco. Precisamos de alternativas aos opiáceos, e precisamos tratar as
pessoas de forma precisa. Este teste que desenvolvemos permite isso,"
disse Niculescu.
A equipe não anunciou quando
pretende iniciar os testes clínicos do seu exame
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