Marcelo Sampaio participou de reunião de trabalho com diretores da
divisão de transporte e logística do Departamento de Infraestrutura da Fiesp e
do Ciesp
A reunião da Diretoria de Transporte e Logística do Departamento de
Infraestrutura (Deinfra) da Fiesp e do Ciesp, realizada na quarta-feira (27/3),
contou com a presença do Secretário-Executivo do Ministério da Infraestrutura,
Marcelo Sampaio.
Durante o encontro, que tinha como pauta a discussão das prioridades do
setor, o secretário enalteceu a nova roupagem do Ministério e compartilhou seu
desejo de “dar um choque de modernidade no setor de infraestrutura”.
“O setor é extremamente arcaico, tem muita coisa que ainda é feita a
papel e temos verdadeiros batalhões para fechar folha de pagamento, são coisas
inaceitáveis nos dias de hoje”, criticou o secretário. “Estamos fazendo uma
oxigenação no Ministério, 151 pessoas saíram, e essas posições não devem ser
preenchidas novamente porque queremos reduzir o custo de pessoal para investir
em tecnologia”, acrescentou.
Segundo dados apresentados por Sampaio, historicamente, o Brasil tem
investido menos de 2% do PIB em infraestrutura, uma realidade preocupante que
compromete o desenvolvimento do país como um todo.
“Não há país desenvolvido sem um sistema de transportes efetivo”,
garantiu o secretário. Segundo ele, o setor aumenta a eficiência e a
competitividade da economia, contribui para a redução das desigualdades
regionais e promove a integração nacional.
Por todos esses motivos, a reestruturação do Ministério tem sido
pautada nas ideias de elevação dos padrões de governança, ampliação e
fortalecimento de parcerias com o setor privado e diálogo com o Parlamento,
órgãos de controle, transportadores e usuários.
Criatividade,
disciplina e método
O Ministério da Infraestrutura tem pela frente uma série de desafios,
como fortalecer a capacitar o corpo técnico, aprofundar o diálogo com os órgãos
de controle para destravar obras públicas, modernizar e aperfeiçoar os
normativos referentes ao licenciamento ambiental – mas nenhum dele se compara à
dificuldade de operar com baixo orçamento.
“O orçamento do Ministério é hoje menor do que o orçamento do DNIT há
quatro anos, então isso vai exigir de nós criatividade, disciplina, método e
trabalho”, destacou a autoridade.
A agenda dos primeiros 100 dias de governo reflete o empenho do
Ministério em tentar driblar esse quadro. A previsão é que 23 leilões sejam
realizados entre 2019 e 2020. Até o momento 12 aeroportos e 4 terminais
portuários já foram leiloados, além da Ferrovia Norte-Sul, considerada a
espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro. E a expectativa é que outros
seis aconteçam na próxima semana.
Um audacioso plano de concessões e obras públicas também é previsto
pelo Ministério e deve ser fundamental para imprimir melhorias à infraestrutura
brasileira, mas nenhuma evolução pode ser efetivamente alcançada se o
Parlamento não atuar como parte integrante da solução dos problemas.
“Existem pautas fundamentais que devem ser discutidas e votadas pelo
Parlamento, como o remanejamento de recursos, o fortalecimento das agências
reguladoras e a modernização da Lei de Licitações e Contratos”, disse Sampaio.
“Sem um diálogo com o Parlamento e o TCU, não avançaremos na melhoria infraestrutura
brasileira”, finalizou.
Foto: Karin Kahn/Fiesp Mayara Moraes, Agência
Indusnet Fiesp
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