Hospital
Adriano Jorge testará remédio cubano em pacientes (Foto: Secom/Divulgação)
Da Redação
MANAUS – A
Fundação Hospital Adriano Jorge (FHAJ), em parceria com a UEA (Universidade
do Estado do Amazonas), participará de estudo clínico para avaliação da
eficácia de medicamento cubano Heberprot-P® para pé diabético. O
Amazonas será o 8º Estado integrante do estudo, que envolve 304 participantes
para o ensaio clínico.
Técnicos da
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) realizarão o treinamento dos profissionais que
executarão o ensaio clínico ‘Avaliação da eficácia e segurança do fator de
crescimento epidérmico recombinante (FCEhr) intralesional em participantes com
úlcera de pé diabético no Brasil’. O treinamento terá coordenação da
pesquisadora Fabíola Cordeiro, da Fiocruz.
O estudo é
conduzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos
(Bio-Manguinhos/Fiocruz) para avaliar a resposta dos pacientes brasileiros com
diabetes e úlcera nos membros inferiores, caracterizando o quadro de pé
diabético, ao medicamento cubano Heberprot-P®. Os pacientes que participarão do
estudo clínico são oriundos do ambulatório de clínica médica do Hospital
Adriano Jorge, projeto coordenado pela UEA,
e que utilizam bota de una – uma espécie de curativo medicamentoso indicado
para tratamento de úlceras venosas e também edema linfático.
“Esta é uma
pesquisa multicêntrica nacional acerca de um medicamento que pode revolucionar
a assistência ao paciente portador de úlcera de pé diabético. É um estudo de
extrema importância, pois trata-se de uma droga inovadora que permite
cicatrizar a úlcera plantar, uma das principais causas de amputação maiores e
menores em pacientes diabéticos”, disse o cirurgião vascular Raymison Monteiro.
O reitor
da UEA, Cleinado Costa, disse que 57% das úlceras de pé
diabético no Brasil sofrerão amputação. “É esse número que estamos buscando
diminuir com o uso do medicamento”, afirmou.
O produto
em investigação tem nome comercial de Heberprot®, é um
biofármaco com princípio ativo fator de crescimento epidérmico humano
recombinante, injetável, intralesional para tratamento de úlceras de pé
diabético. O detentor desta tecnologia e parceiro de Bio-Manguinhos neste estudo
clínico é o Centro de Ingeneria Genetica e Biotecnologia de Cuba (CIGB/Cuba).
Com a aprovação deste medicamento, Bio-Manguinhos espera contribuir com o SUS.
O Instituto tem condições de produzi-lo em suas dependências, otimizando o
custo para a saúde pública e diminuindo os números de amputações por pé
diabético no Brasil.
O Atual
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