Especialistas
do University College London e Imperial College London anunciaram nesta semana
que trataram um avançado linfoma de Hodgkin em 2016 usando transplantes de
células-tronco de um doador que carregava uma mutação genética rara.
Os
pesquisadores relatam que o HIV se manteve indetectável no homem desde que ele
parou de tomar os medicamentos antirretrovirais, há 18 meses.
Em
nota, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS)
“O
UNAIDS recebeu com muito ânimo a notícia de que um homem vivendo com HIV foi
funcionalmente curado do vírus HIV. (…) Encontrar uma cura para o HIV é
definitivamente o maior sonho”, disse Michel Sidibé, diretor-executivo da
agência das Nações Unidas.
“Embora
este avanço seja complicado e muito trabalho ainda seja necessário, isso nos dá
uma grande esperança para o futuro, de que podemos acabar com a AIDS com a
ciência, por meio de uma vacina ou de uma cura. No entanto, também demonstra
como estamos longe desse ponto e a absoluta importância de continuar a concentrar
os esforços na prevenção e no tratamento do HIV”, acrescentou.
Os
transplantes de células-tronco são procedimentos altamente complexos,
intensivos e caros, com efeitos colaterais substanciais, e não são uma maneira
viável de tratar um grande número de pessoas que vivem com o HIV.
No
entanto, informam o UNAIDS, os resultados oferecem um maior conhecimento para
os pesquisadores que trabalham com estratégias de cura do HIV e destacam a
importância contínua de investir em pesquisa científica e inovação.
O resultado,
divulgado na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI, na
sigla em inglês), em Seattle, Estados Unidos, é um dos dois únicos casos de
cura funcional para o HIV já registrados. O primeiro foi o caso do paciente de
Berlim, Timothy Ray Brown, que recebeu tratamento semelhante para câncer em
2007.
Atualmente
não há cura para o HIV. O UNAIDS trabalha para garantir que todas as pessoas
vivendo com HIV e afetadas pelo vírus tenham acesso a serviços de prevenção,
tratamento, e apoio ao HIV capazes de salvar vidas.
Em
2017, haviam 36,9 milhões de pessoas vivendo com HIV e 1,8 milhão de novas
infecções por HIV. No mesmo ano, quase 1 milhão de pessoas morreram de doenças
relacionadas à AIDS e 21,7 milhões de pessoas tiveram acesso ao tratamento.
Foto: Robert
Simpson/Flickr/CC, ONU
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