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sábado, 28 de setembro de 2019

GOVERNO DE SÃO PAULO ANUNCIA A EXTINÇÃO DA FURP E A VENDA DO PATRIMÔNIO = "GOVERNO NÃO TEM QUE FABRICAR REMÉDIO"


O governador de São Paulo João Dória (PSDB) disse que a Fundação para o Remédio Popular (FURP) será extinta. 

De acordo com Dória, o modelo ainda está sendo definido por sua equipe, porém, essa já é uma decisão tomada pelo governo. Uma proposta deve ser encaminhada à Assembleia Legislativa, que possui uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na construção da unidade em Américo Brasiliense. 

"A Furp será extinta, o projeto será encaminhado à Assembleia Legislativa através do seu presidente Cauê Macris. Mesmo que existam protestos, pessoas com posições adversas, faz parte do jogo democrático, nós compreendemos, mas é mais uma empresa estatal que será extinta", afirma.  

O objetivo do governo é recuperar os recursos que foram investidos na construção das unidades, uma na região de Araraquara e outra em Guarulhos, na Grande São Paulo. A ideia inicial, segundo Dória é vender as instalações industriais para a iniciativa privada. Na análise do governador, a administração pública não deve ser responsável por fabricar remédios. 

"Governo não tem que fabricar remédio, tem que estimular para que os medicamentos sejam fabricados ao menor custo possível à população. Essa é a função de um governo liberal eficiente. É por isso que a Furp será vendida e tão logo a aprovação da Assembleia, como já tivemos em outros projetos que foram encaminhados. O último foi a Dersa que teve aprovação na semana passada, por ampla maioria, e será extinta também". 

Questionado sobre como o Governo deve proceder em relação a compra de medicamentos que atualmente são produzidos pela empresa, Dória, sem detalhar, disse que a secretaria da Saúde tem um projeto para suceder a operação da Furp. 

"Outros laboratórios já fazem medicamentos genéricos semelhantes àqueles que a Furp produz. O que nós entendemos é que essa não é a função do Estado, é a função do setor privado. Queremos apenas regular para que os medicamentos populares continuem sendo produzidos com um custo menor do que o próprio Estado, sem ônus e sem os riscos que o Estado tem. Essa é a função privada", finaliza.  

Em Américo Brasiliense, a fábrica é administrada em regime de Parceria Pública-Privada (PPP) e opera com 75% de inatividade, de acordo com dados do Governo de São Paulo.  
Com condições de produzir 1,2 bilhão de medicamentos, por ano, entre comprimidos e injetáveis, apenas 300 milhões são fabricados atualmente.  

De acordo com o contrato firmado, em 2013, entre a Furp e a concessionária paulista de medicamentos, a CPM, 96 tipos de medicamentos poderiam ser fabricados, porém, apenas 20 são produzidos. Atualmente, segundo a CPM, 200 funcionários trabalham no local, entre contratados e terceirizados.

Com informações A Cidade On de Araraquara, Foto: Governo do Estado de SP


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