Ministros da Saúde e outras autoridades de países e territórios das Américas se reunirão até 4 de novembro em Washington (Estados Unidos) para discutir alguns dos principais desafios e prioridades de saúde da região, durante o 57º Conselho Diretivo da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
As principais autoridades de saúde da América do Norte, do Sul, Central e do Caribe buscarão um acordo sobre estratégias e planos regionais que abordem desafios de saúde comuns e urgentes – entre eles, reduzir as doenças cardiovasculares por meio da eliminação de ácidos graxos trans da produção industrial de alimentos; promover a doação de órgãos, tecidos e células e o acesso equitativo aos transplantes; e melhorar a qualidade da atenção médica.
Espera-se que mais de 100 delegados e representantes da sociedade civil participem da reunião, que tem início nessa segunda-feira (30).
A diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o ministro da Saúde das Bahamas, Duane Sands, farão uma palestra inaugural, juntamente com o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, Alex M. Azar II, e os chefes da Organização dos Estados Americanos (OEA) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A sessão de abertura será transmitida ao vivo em www.vimeo.com/pahotv.
Etienne planeja lançar o novo plano estratégico da OPAS para 2020-2025, que se baseia em melhorias na região no que diz respeito a saneamento, habitação, nutrição e assistência médica, ao mesmo tempo em que aborda desigualdades persistentes na saúde, particularmente para populações que vivem em condições de vulnerabilidade.
O novo plano estratégico também estabelece metas e ações para reduzir as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que atualmente figuram como as principais causas de morte e doença nas Américas. O documento leva em conta as lições aprendidas com emergências de saúde pública, como a pandemia de influenza em 2009 e a epidemia do vírus zika, e busca fortalecer a preparação dos países para surtos de doenças e outras emergências de saúde.
Os delegados também considerarão um plano destinado a melhorar a saúde das populações indígenas, afrodescendentes e romanis, cujo número supera 170 milhões nas Américas.
Iniciativa para eliminar mais de 30 doenças
Um dos destaques da reunião será uma nova iniciativa liderada pela OPAS para eliminar mais de 30 doenças transmissíveis até 2030 por meio de uma abordagem coletiva que envolverá todos os países da região.
Entre essas doenças e condições, estão HIV e sífilis, hepatite B e C, febre amarela, doença de Chagas, malária, leishmaniose, esquistossomose, geohelmintíase, oncocercose, filariose linfática, fasciolíase, tracoma, hanseníase, tuberculose, cólera, peste, raiva humana e difteria.
As autoridades de saúde também receberão um relatório de alto nível sobre desigualdades em saúde nas Américas, preparado pela Comissão de Igualdade e Desigualdades em Saúde da OPAS, presidida por Sir Michael Marmot, do Instituto de Equidade em Saúde da University College de Londres.
Além da agenda formal da reunião, está planejada uma série de eventos paralelos sobre questões que incluem acesso a medicamentos para hepatite C, sociedades em envelhecimento, maneiras de ajudar os jovens a prosperar, avanços em saúde mental na atenção primária e violência na região. Uma exposição de fotos sobre práticas que melhoram a saúde materna será exibida ao longo da semana.
Com informações da OPAS
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