Nesta semana, a pasta
publicou portaria que libera valor total de R$ 10,5 milhões
para os estados reforçarem ações de imunizações para o controle do surto e a
interrupção da transmissão da doença
Nos últimos 90 dias, o Brasil
registrou 3.909 casos confirmados de sarampo no país, aumento de 85% (570
casos) em relação ao último dado divulgado (12.09). Os dados estão no novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde,
divulgado nesta quinta-feira (19). O Pará passou a integrar a lista de 16
estados com transmissão ativa da doença, totalizando agora 17. Com o objetivo
de reforçar as ações de imunização para o controle do surto e a interrupção da
cadeia de transmissão do sarampo, a pasta liberou, nesta semana, um total de R$
10,5 milhões para os estados com surto ativo da doença.
De acordo com o novo boletim,
a maior parte dos casos, 97,5%, permanece concentrada em 153 municípios de São
Paulo, principalmente na região metropolitana. O atual boletim apresenta,
ainda, 20.485 casos em investigação e 4.134 que foram descartados. Permanece o
registro de quatro óbitos em todo o país.
Os casos confirmados nesse
período representam 87% do total no ano de 2019. A maioria dos registros está
em São Paulo (3.807), seguido do Rio de Janeiro (19), Pernambuco (15), Minas
Gerais (13), Santa Catarina (12), Paraná (9), Rio Grande do Sul (7), Maranhão
(4), Goiás (4), Rio Grande do Norte (4), Distrito Federal (3), Pará (2), Mato
Grosso do Sul (2), Piauí (2), Espírito Santo (1), Bahia (1) e Sergipe (1).
O sarampo é uma doença viral
aguda similar a uma infecção do trato respiratório superior. É grave,
principalmente em crianças menores de cinco anos, desnutridos e imunodeprimidos.
A transmissão do vírus ocorre a partir de gotículas de pessoas doentes ao
espirrar, tossir, falar ou respirar próximo de pessoas sem imunidade contra o
vírus sarampo.
Apesar da faixa etária de 20 a
29 anos apresentar o maior número de casos confirmados registrados, a
incidência de casos em menores de 1 ano é 8 vezes maior em relação à população
em geral. Também é nessa faixa que ocorrem os casos mais graves e óbitos. A
cada 100 mil habitantes, 55 crianças nessa faixa etária obtiveram confirmação para
o sarampo. A segunda faixa etária mais atingida é de 1 a 4 anos. Neste ano, dos
quatro óbitos por sarampo, registrados, três ocorreram em menores de 1 ano de
idade; e um óbito em um indivíduo de 42 anos. Nenhum dos quatro casos eram
vacinados contra a doença.
VACINAS
O Ministério da Saúde tem
atuado ativamente junto aos estados e municípios no enfrentamento do surto de
sarampo. O bloqueio vacinal seletivo deve ser realizado em até 72 horas em
todos os contatos do caso suspeito durante a investigação. A vacina é a
principal forma de proteção contra o vírus. Na rotina do Sistema Único de Saúde
(SUS) a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de
vacinação em todo o Brasil.
Para garantir a vacinação de
todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias, neste ano, o Ministério
da Saúde já enviou 19,4 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege
contra sarampo, caxumba e rubéola, para todo o país. Esse quantitativo garante
a realização da vacinação de rotina, as ações de interrupção da transmissão do
vírus, e a dose extra chamada de ‘dose zero’. Recentemente, a pasta enviou 1,6
milhão de doses extras da vacina tríplice viral para esse público.
Leia também: conteúdo
especial de sarampo
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CAMPANHA
CONTRA O SARAMPO
O Ministério da Saúde,
juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, realizará em
2019, a Campanha Nacional de Vacinação contra a o Sarampo. Esta Campanha é uma
estratégia diferenciada para interromper a circulação do vírus do sarampo no
país e será feita de forma seletiva, ocorrendo em duas etapas. No período de 7
a 25 de outubro, o público-alvo são as crianças de seis meses a menores de 5
anos. O dia D – dia de mobilização nacional - acontecerá em 19 de outubro. Já a
segunda etapa, de 18 a 30 de novembro, o foco é a população de 20 a 29 anos. O
dia D ocorrerá em 30 de novembro.
Por Vanessa Aquino, da Agência
Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3435
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