O Centro Gestor e Operacional
do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) recebeu na quarta-feira (24)
Kristian Hölge, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e
Crime (UNODC) para Peru e Equador. O objetivo foi desenvolver, em parceria,
formas de combate ao cultivo e tráfico de drogas na fronteira amazônica.
Japurá (AM), região amazônica
próxima à fronteira com a Colômbia. Foto: Agência Brasil/Valter Campanato
O Centro Gestor e Operacional
do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) recebeu na quarta-feira (24) Kristian Hölge,
representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para
Peru e Equador. O objetivo foi desenvolver, em parceria, formas de combate ao
cultivo e tráfico de drogas na fronteira amazônica.
O CENSIPAM desenvolve ações
com instituições de ensino e órgãos públicos para criar um sistema que detecte
plantações de coca e maconha utilizando imagens de satélite com radar de
abertura sintética (SAR). A tecnologia SAR consegue captar imagens do terreno
através das nuvens e pode ser utilizada durante dia ou noite.
O UNODC é um facilitador na
conexão do CENSIPAM com os países amazônicos para desenvolver trabalhos
conjuntos para uso de tecnologias de monitoramento de cultivos ilegais. “Assim
como vocês, acreditamos que o envolvimento de todos os países da região é a
melhor forma de combater o problema. Esse enfoque preventivo do CENSIPAM é
muito importante”, disse Hölge.
Segundo o representante da
agência da ONU, após uma queda na produção, nos últimos anos, houve uma
retomada de cultivos ilícitos na região amazônica. Para ele, é preciso também
realizar estudos do potencial de produção e análise de dados.
“Peru, Bolívia e
principalmente a Colômbia têm uma expertise muito grande no monitoramento do
cultivo de substâncias ilícitas e podem auxiliar o CENSIPAM na análise e no
cruzamento de informações”, completou o representante do UNODC.
O diretor-geral do CENSIPAM,
José Hugo Volkmer, afirmou que a instituição está buscando vários parceiros
para desenvolver a tecnologia de detecção. “Meu objetivo é que não haja cultivo
de coca ou maconha na Amazônia brasileira. Precisamos unir esforços e trabalhar
em conjunto com os vizinhos amazônicos para vencer esse problema”, disse
Volkmer.
Sobre o CENSIPAM
Criado em 17 de abril de 2002
e vinculado ao Ministério da Defesa, o CENSIPAM tem a missão de integrar
informações e gerar conhecimento atualizado para articulação, planejamento e
coordenação de ações globais de governo na Amazônia Legal Brasileira, visando a
proteção, inclusão social e desenvolvimento sustentável da região.
O CENSIPAM é o órgão responsável
pela gestão do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), que é formado por
vários órgãos governamentais atuando em parceria na Amazônia. Cabe ao CENSIPAM
propor, acompanhar, implementar e executar políticas, diretrizes e ações
voltadas ao SIPAM, aprovadas e definidas no Conselho Deliberativo do Sistema de
Proteção da Amazônia (CONSIPAM), instituído em 2002, vinculado à Presidência da
República.
O órgão também busca
desenvolver um sistema que detecte o plantio de substâncias ilícitas por meio
de imagens de satélite com radar de abertura sintética (SAR). A tecnologia
consegue captar imagens do terreno através das nuvens e pode ser utilizada
durante o dia ou a noite.
A partir dos conhecimentos do
CENSIPAM no uso de imagens SAR, estão sendo fomentados projetos de pesquisa em
parceria com instituições de ensino para desenvolver tecnologia de detecção de
cultivos irregulares.
0 comentários:
Postar um comentário