Ministério informa destinação
de R$ 206 milhões para ações de imunização em municípios.
Secretário de Vigilância
em Saúde admite que é preciso mudança de paradigma na comunicação para
mobilizar sociedade para vacinação.
Em debate promovido pela Comissão de Seguridade Social e Família da
Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24), o secretário de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, informou que 50% do
orçamento da vigilância em saúde já é destinado para o Programa Nacional de
Imunizações.
Conforme ele, o ministério
trata o aumento dos casos de sarampo como uma emergência de saúde pública, e a
campanha de vacinação em curso visa atingir 39 milhões de pessoas de 1 a 49 de
idade.Michel Jesus/ Câmara dos DeputadosComissão de Seguridade Social e Família
(CSSF)Wanderson de Oliveira informou que 50% do orçamento da vigilância em
saúde já é destinado para o Programa Nacional de Imunizações
Wanderson disse ainda que os municípios
irão receber incentivos de R$ 206 milhões para fortalecer ações de imunização,
dos quais 50% já foi repassado. Para receber os outros 50%, os municípios terão
que apresentar a comprovação de 95% de cobertura vacinal.
Ele informou que os municípios
já foram orientados a deixar a vacinação aberta durante todo o horário de
funcionamento dos postos; e a não impor barreiras de acesso, como comprovação
de endereço.
Estratégia de comunicação
Sobre a sugestão de
pesquisadores de que o ministério precisa trabalhar nas estratégias de
comunicação sobre a vacinação, o representante do Ministério da Saúde apontou
que o órgão atuou, por exemplo, no encontro tecnológico Campus Party para
mobilizar jovens para ajudar a combater o problema.
Mas ele admite que é preciso
uma mudança de paradigma na comunicação para aumentar a mobilização da
sociedade em torno da vacinação.Wanderson de Oliveira acrescentou ainda que o
problema da volta do sarampo precisa ser combatido mundialmente, lembrando que
este ano a doença chegou ao Brasil por meio de viajantes infectados vindos de
Israel e Noruega, por exemplo.
Já no ano passado, o vírus
teria chegou à região Norte do Brasil, com as mesmas características daquele
que circulava pela Venezuela.
Ele disse ainda que o
ministério apoia a ideia de uma lei federal para exigir o cartão de vacinação
em dia para matrícula nas escolas.
O objetivo não seria
impedir a matrícula, mas encaminhar o aluno sem o cartão em dia para
acompanhamento pelo conselho tutelar. O Projeto de Lei 1429/19, em análise na
Casa, tem esse objetivo.
Reportagem - Lara HajeEdição -
Geórgia Moraes
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