Neste dia
24 de outubro,
data que marca
o Dia Mundial
da Poliomielite Co , a
missão Global para
Certificação da Erradicação
da Poliomielite (CGC), assinará em
uma cerimônia oficial,
o certificado para
declarar a erradicação
do poliovírus selvagem tipo
3.
Para
quem não sabe,
existem três tipos de
poliovírus selvagem tipos 1,
2 e 3 e
a vacinação é
a única forma
de prevenção.
“Eu só
não nasci com
a pólio, mas
aprendi a conviver
com as sequelas.
Até mesmo porque eu
nunca soube o
que é caminhar dentro dos
padrões da normalidade. No
meu caso, eu
adquiri antes mesmo
da primeira dose
da vacina, que é aos dois
meses. Eu não
tive acesso a
vários esportes, várias
outras oportunidades que eu deveria
ter eu não tive
em virtude da
paralisia. A vacina
é ún ica prevenção”. O
relato é do
cirurgião dentista Ricardo
Gadelha, que teve poliomielite antes
dos dois meses
de vida, essa
doença, que também
é conhecida como paralisia
infantil.
“Isso
será um marco
significativo no esforço
global de livrar o
mundo de todas as
cepas de poliovírus
e garantir que
nenhuma criança seja paralisada
por qualquer poliovírus
em qualquer lugar”,
destaca Francieli Fontana, coordenadora
do Programa Nacional
de Imunizações (PNI/SVS) do Ministério
da Saúde.
“O
desenvolvimento de vacinas eficazes para
prevenir a poliomielite
foi um dos
principais avanços médicos
do século XX”, afirma
a coordenadora. Segundo
Francieli , o Brasil recebeu
o certificado de área
livre da circulação
do poliovírus selvagem
em 1994.
No entanto, até
que a doença
seja erradicada no
mundo (como ocorreu
com a varíola), existe
o risco de
um país ou
continente ter casos
importados e o
vírus voltar a circular em
seu território. “Para
evitar isso, é
importante manter os indicadores de
cobertura vacinal altos
e fazer vigilância
constante, entre outras medidas”, salienta a
coordenadora.
Benefícios futuros
da erradicação da pólio
Quando
a pólio for er
radicada, o mundo
poderá celebrar a entrega de um
grande bem público
global que beneficiará todas as
pessoas da mesma
forma, não importando onde
elas vivam. Já foi
constatado, por modelos
econômicos, que a erradicação
da pólio economizaria
pelo menos de US $
40 bilhões a US$ 50
bilhões, principalmente em
países de baixa renda.
Mais importante ainda: o sucesso
significará que nenhuma
criança voltará a sofrer os
terríveis efeitos da paralisia
provocados pela poliomielite ao
longo da vida.
Principais sequelas
da poliomielite
As principais
características são a
perda da força
muscular e dos
reflexos, com manutenção da
sensibilidade no membro
atingido. Nos casos
graves, em que acontecem
as paralisias musculares,
os membros inferiores
são os mais atingidos. As se
quelas da poliomielite
estão relacionadas com
a infecção da medula
e do cérebro
pelo poliovírus. Normalmente
correspondem a sequelas motoras e
não tem cura.
Mas tem prevenção.
“Eu não
desejo nem essa
sequela e nem
sequelas mais severas a
nenhum dos bras ileiros. Se a gente
não melhorar essas
coberturas vacinais do
nosso país, corremos um
grande risco da
reintrodução da poliomielite,
da paralisia infantil
no nosso país”, comentou o
cirurgião dentista.
As sequelas
da poliomielite são
tratadas com fisioterapia,
por meio da
realização de exercícios que
ajudam a desenvolver
a força dos
músculos afetados, além
de ajudar na postura,
melhorando assim a
qualidade de vida
e diminuindo os
efeitos das sequelas. Além
disso pode ser
indicado o uso
de medicamentos pa ra
aliviar as dores musculares e
das articulações.
Transmissão
A poliomielite
pode ser transmitida
diretamente de uma
pessoa para outra.
A transmissão do vírus
se dá por
meio da boca, com
material contaminado com fezes
(contato fecaloral), o
que é cr higiene
são inadequadas. ítico quando
as condições sanitárias
e de Crianças mais
novas, que ainda
não adquiriram completamente
hábitos de higiene, correm
maior risco de contrair
a doença. O
poliovírus também pode
ser disseminado por
contaminação da água e
de alimentos por
fezes. A doença também
pode ser transmitida
pela forma oraloral,
por meio de gotículas
expelidas ao falar,
tossir ou espirrar.
O vírus se
multiplica, inicialmente,
nos locais por
onde ele entra
no organismo (boca,
garganta e intestino s).
Em seguida, vai para
a corrente sanguínea
e pode chegar até
o sistema nervoso, dependendo da
pessoa infectada. Desenvolvendo
ou não sintomas,
o indivíduo infectado elimina
o vírus nas
fezes, que pode
ser adquirido por
outras pessoas por via
oral. A tra nsmissão
ocorre com mais frequência a
partir de indivíduos
sem sintomas.
Esse ano comemoramos 25 anos que recebemos da OPAS o certificado de
erradicação do poliovírus selvagem autóctone aqui no Brasil (foi em 1994),
juntamente com os demais países das Américas.
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