A coordenadora do Programa
Nacional de Imunizações, Ana Goretti, explica
que apesar do distanciamento social e da Covid-19, é importante que a população
se proteja contra a gripe
Se manter imunizado é uma
questão de proteção social, segundo a coordenadora do Programa Nacional de
Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Ana Goretti. “O atual momento de
pandemia não pode gerar impacto na queda da cobertura vacinal”, enfatizou
Goretti ao participar da conferência online Webinar, organizada pelo jornal O
Estado de São Paulo. Com o tema ‘Vacinação: um ato de amor em tempos de
pandemia’, o encontro virtual aconteceu nesta terça-feira (9), dia em que
comemora-se o Dia Nacional da Imunização. Atualmente, o Brasil possui o maior
programa público de imunização do mundo.
Ao falar da importância da
vacinação para a população brasileira, a coordenadora Ana Goretti, explicou que
o distanciamento social e a situação da pandemia no Brasil, são fatores que têm
gerado impacto na queda da cobertura vacinal. “Muitas famílias ficam com receio
de ir aos postos de saúde, mas temos orientado todas as equipes de saúde do
país quanto às medidas de segurança para evitar infecções”, explicou. Ela
avalia que a redução na procura pelas vacinas disponíveis no Sistema Único de
Saúde (SUS) é preocupante e vem sendo percebida pelo Ministério da Saúde.
Ela destacou que o Brasil
possui o maior programa público de imunização do mundo. São distribuídas
mais de 300 milhões de doses de imunobiológicos anualmente. O Programa Nacional
de Imunização (PNI) conta com 37 mil postos públicos de vacinação de rotina em
todo o país, sendo que em campanhas realizadas anualmente este número chega até
50 mil postos e 51 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais
(CRIEs).
“Hoje nós temos um esquema
vacinal complexo por ser extremamente completo no combate às doenças mais
prevalentes aos brasileiros e que começa a atender nossa população desde o
nascimento. Nesse sentido, nós concentramos a oferta de muitas vacinas em um
curto espaço de tempo, ainda na infância, para facilitar a imunização da maior
parte das pessoas ao mesmo tempo, otimizando também o tempo dos pais ao levarem
as crianças aos postos de vacina”, explicou a coordenadora Ana Goretti.
O PNI tem realizado
investimento de recursos para melhorar o sistema de informação e a ampliação da
rede de frio, onde fica armazenado os imunobiológicos utilizados nos estados e
Distrito Federal. Esse investimento ocorre desde 1995, com recursos para
construção, adequação e aquisição de equipamentos, visando favorecer uma
logística mais resolutiva de distribuição das vacinas desde os grandes centros
urbanos às regiões de mais difícil acesso.
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Brasil
GRIPE
Neste momento, um ponto que
merece destaque é a prorrogação da terceira e última fase da Campanha Nacional
de Vacinação contra a Gripe para até 30 de junho. Por isso, as pessoas que
fazem parte dos grupos contemplados para a vacinação e, que por algum motivo
perderam a oportunidade de receber a vacina nas fases anteriores, precisam
comparecer aos postos de vacinação para receber a dose da vacina.
O público-alvo da Campanha
Nacional de Vacinação contra a Gripe é formado por Idosos com 60 anos ou mais
de idade, trabalhadores da saúde, membros das forças de segurança e salvamento,
pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais, caminhoneiros,
motoristas e cobradores de transporte coletivo, trabalhadores portuários, povos
indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas,
população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, pessoas com
deficiência, professores de escolas públicas e privadas, crianças de 6 meses a
menores de 6 anos, gestantes, puérperas (pós-parto até 45 dias) e pessoas de 55
a 59 anos de idade.
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Por Janary Damacena, da Agência Saúde
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