O documento “Orientações
para o Manejo de Pacientes com covid-19” organiza o fluxo do
atendimento dos pacientes, principalmente aqueles que necessitam de suporte
ventilatório
A população brasileira atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) terá mais equidade no tratamento da Covid-19 com a publicação das “Orientações para o Manejo de Pacientes com covid-19”. O documento, voltado aos profissionais e gestores de saúde, orienta o atendimento dos pacientes desde o acolhimento dos casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 até a alta hospitalar. Foi construído por todas as áreas técnicas do Ministério da Saúde, que receberam apoio de especialistas de instituições públicas e privadas, para questões de suporte intensivo adulto e pediátrico, além do cuidado com gestantes. O objetivo é orientar a organização, de maneira prática, do fluxo de atendimento dos pacientes, principalmente aqueles que necessitam de suporte ventilatório.
Para dar a resposta adequada
ao enfrentamento da pandemia, o SUS deve contar com infraestrutura e
suprimentos adequados, organização da força de trabalho, comunicação unificada,
clara e efetiva com a população e todas as unidades de saúde, apoio da
telemedicina e regulação mais ágil para direcionar a demanda às vagas
adequadas. “Com essas orientações os pacientes serão atendidos da mesma
maneira, do Oiapoque ao Chuí, com mais eficiência e rapidez”, destacou o
secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
O documento descreve as
características da doença, as formas de diagnóstico – clínico e laboratorial –
os fatores de risco e a importância da correta notificação. Também discrimina
os procedimentos, estrutura e profissionais necessários, exames possíveis e
desfechos esperados em cada tipo de serviço de saúde do SUS e para atendimento
de públicos específicos, como crianças, gestantes e indígenas. Traz ainda
orientações por fluxogramas para casos leves, moderados e graves, bem como
suporte ventilatório, inclusive antes do paciente chegar à Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), além das possibilidades de teleatendimento e teleconsultoria.
“O objetivo do documento é
apresentar, de uma forma prática e viável, para todos os pontos de assistência
do SUS, a maneira de organizar, as características da assistência e o fluxo de
atendimento das pessoas suspeitas ou confirmadas da Covid-19, dos casos mais
leves aos mais graves, que precisam de suporte ventilatório, em cada unidade de
saúde”, explicou Mariana Borges Dias, médica assessora da Coordenação Geral de
Atenção Hospitalar e Domiciliar do Ministério da Saúde.
O documento salienta que todos
os pacientes com sintomas de síndrome gripal deverão estar em uso de máscaras,
conforme protocolo local, e ter o fluxo de atendimento diferenciado e
sinalizado com uma sala de espera exclusiva. O atendimento deve seguir as
recomendações de precaução de contato e antecedentes de risco e contar com
exame físico que verifique os dados vitais e a oximetria de pulso e avalie a
necessidade de testagem para Covid-19 e solicitação de exames de sangue ou de
imagem.
Para a proteção dos
profissionais de saúde que atuam na linha de frente do atendimento à pandemia,
o documento orienta que os hospitais tenham alas separadas para pacientes com
suspeita ou confirmação de Covid-19. Também sugere um questionário rápido na
entrada do turno dos profissionais para medir temperatura e avaliar outros
sintomas de síndrome gripal. Outras orientações são refeitórios em turnos
maiores de funcionamento e escalonados, reuniões virtuais, atenção aos locais
de prescrição e repouso, quando de trocas de turno de plantão, uso de máscara
cirúrgica e manutenção do distanciamento e uso adequado dos equipamentos de
proteção individual, além de não transitar com material potencialmente
contaminado.
“O Ministério da Saúde reuniu
os técnicos de diversas áreas e profissionais de diversos serviços de
excelência do Brasil para construir orientações seguras de manejo e cuidado dos
pacientes de Covid-19, garantindo uniformidade e equidade no atendimento e
tratamento, de forma que todos tenham acesso ao mesmo protocolo clínico”,
concluiu Mariana Borges Dias.
Leitos Intermediários
O Ministério da Saúde
autorizou a habilitação de leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar para
atendimento exclusivo aos pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19. Os
leitos possuem estruturas mais simples que uma Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) e devem receber pacientes que não estão em estado grave da doença, mas
precisam de suporte de oxigênio. Esses leitos terão habilitação temporária por
30 dias que podem ser prorrogados por igual período, em decorrência da situação
epidemiológica do Coronavírus no Brasil.
O custeio referente à diária
da habilitação dos leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar será feito por
transferência fundo a fundo (do executivo para os fundos estaduais) em parcela
única, no valor correspondente a 30 dias, a partir da publicação da portaria. O
Governo Federal vai pagar pela diária de cada leito o valor de R$ 478,72.
Por Silvia Pacheco, da Agência Saúde
Atendimento
à imprensa
(61) 3315-2745/2351
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